terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

5ª atividade de Língua Portuguesa: poemas (sonetos, cantigas, poema de cordel) notícias e crônicas.


Narração de fatos e descrição minuciosa de ambientes:


O texto narrativo caracteriza-se pelo relato de fatos retratados por uma sequência de ações, relacionadas a um determinado acontecimento, podendo ser estes fatos reais ou fictícios.

Para que este relato seja algo dotado de sentido, o mesmo dispõe-se de alguns elementos que desempenham funções primordiais. Representando-os, figuram-se os personagens, peças fundamentais para a composição da história, narrador, espaço, tempo e enredo propriamente dito, ou seja, o assunto sobre o qual se trata. 
Dentre aqueles caracterizados como narrativos, destacam-se os contos, novelas, romances, algumas crônicas, poemas narrativos, histórias em quadrinhos, piadas, letras musicais, entre outros. 
Como anteriormente mencionado, os elementos que constituem a referida modalidade são dotados de funções específicas, e para que possamos compreendê-las de modo efetivo, as analisaremos minuciosamente:

Personagens
Constituem os seres que participam da narrativa, interagindo-se com o leitor de acordo com o modo de ser e de agir. Algumas ocupando lugar de destaque, também chamadas protagonistas, outras se opondo a elas, denominadas de antagonistas. As demais caracterizam-se como secundárias.

Tempo
Retrata o momento em que ocorrem os fatos (manhã, tarde, noite, na primavera, em dia chuvoso). O mesmo pode ser cronológico, ou seja, determinado por horas e datas, revelado por acontecimentos dispostos numa ordem sequencial e linear - início, meio e fim; e psicológico, aquele ligado às emoções e sentimentos, caracterizado pelas lembranças dos personagens, reveladas por momentos imprecisos, fundindo-se em presente, passado e futuro.

Espaço
É o lugar onde se passa toda a trama. Algumas vezes é apenas sugerido no intuito de aguçar a mente do leitor, outras, para caracterizar os personagens de forma contundente. Dependendo do enredo, a caracterização do mesmo torna-se de fundamental importância, como, por exemplo, os romances regionalistas.

Narrador 
Ele funciona como um mediador entre a história que ora é narrada e o leitor (ou ouvinte). Sua perspectiva, aliada a seu ponto de vista e ao modo pelo qual organiza tudo aquilo que conta, são fatores decisivos para a constituição da história.

A maneira pela qual o narrador se situa em relação ao que está narrando denomina-se como foco narrativo. E, basicamente, há três tipos:

Narrador-personagem - Narrando em 1ª pessoa, ele participa da história, relatando os fatos a partir de sua ótica, predominando as impressões pessoais e a visão parcial dos fatos.

Narrador-observador – Ele revela ao leitor somente os fatos que consegue observar, relatando-os em 3ª pessoa.

Narrador-onisciente – Além de observar, ele sabe e revela tudo sobre o enredo e os personagens, até mesmo seus pensamentos mais íntimos, como também detalhes que até mesmo eles não sabem. Em virtude de estar presente em toda parte, é também chamado de onipresente, o que lhe permite observar o desenrolar dos acontecimentos em qualquer espaço que ocorram.
Algumas vezes limita-se a observá-los de forma objetiva, em outras, emite opiniões e julgamento de valor acerca do assunto.

Enredo 
É o conjunto de incidentes que constituem a ação da narrativa. Todo enredo é composto por um conflito vivido por um ou mais personagens, cujo foco principal é prender a atenção do leitor por meio de um clima de tensão que se organiza em torno dos fatos e os faz avançar.
Geralmente, o conflito determina as partes do enredo, representadas pelas referidas partes:

Introdução – É o começo da história, no qual se apresentam os fatos iniciais, os personagens, e, às vezes, o tempo e o espaço.

Complicação – É a parte em que se desenvolve o conflito.

Clímax – Figura-se como o ponto culminante de toda a trama, revelado pelo momento de maior tensão. É a parte em que o conflito atinge seu ápice.

Conclusão ou desfecho final – É a solução do conflito instaurado, podendo apresentar final trágico, cômico, triste, ou até mesmo surpreendente. Tudo irá depender da decisão imposta pelo narrador. 

Atividades:

1. Desenvolva uma narrativa contendo todos seus elementos. O tema é livre (minimo de 25 linhas)


Trovadorismo, humanismo e classicismo 


TROVADORISMO
Podemos dizer que o trovadorismo foi a primeira manifestação literária da língua portuguesa. Surgiu no século XII, em plena Idade Média, período em que Portugal estava no processo de formação nacional.
O marco inicial do Trovadorismo é a “Cantiga da Ribeirinha” (conhecida também como “Cantiga da Garvaia”), escrita por Paio Soares de Taveirós no ano de 1189. Esta fase da literatura portuguesa vai até o ano de 1418, quando começa o Quinhentismo.
Na lírica medieval, os trovadores eram os artistas de origem nobre, que compunham e cantavam, com o acompanhamento de instrumentos musicais, as cantigas (poesias cantadas). Estas cantigas eram manuscritas e reunidas em livros, conhecidos como Cancioneiros. Temos conhecimento de apenas três Cancioneiros. São eles: “Cancioneiro da Biblioteca”, “Cancioneiro da Ajuda” e “Cancioneiro da Vaticana”.
Os trovadores de maior destaque na lírica galego-portuguesa são: Dom Duarte, Dom Dinis, Paio Soares de Taveirós, João Garcia de Guilhade, Aires Nunes e Meendinho.
No trovadorismo galego-português, as cantigas são divididas em:
- Satíricas  
Cantigas de Maldizer: através delas, os trovadores faziam sátiras diretas, chegando muitas vezes a agressões verbais. Em algumas situações eram utilizados palavrões. O nome da pessoa satirizada podia aparecer explicitamente na cantiga ou não.
Cantigas de Escárnio: nestas cantigas o nome da pessoa satirizada não aparecia. As sátiras eram feitas de forma indireta, utilizando-se de duplos sentidos.
- Líricas
Cantigas de Amor: neste tipo de cantiga o trovador destaca todas as qualidades da mulher amada, colocando-se numa posição inferior (de vassalo) a ela. O tema mais comum é o amor não correspondido. As cantigas de amor reproduzem o sistema hierárquico na época do feudalismo, pois o trovador passa a ser o vassalo da amada (suserana) e espera receber um benefício em troca de seus “serviços” (as trovas, o amor dispensado, sofrimento pelo amor não correspondido).
Cantigas de Amigo: enquanto nas Cantigas de Amor o eu-lírico é um homem, nas de Amigo é uma mulher (embora os escritores fossem homens). A palavra amigo nestas cantigas tem o significado de namorado. O tema principal é a lamentação da mulher pela falta do amado.

HUMANISMO


Foi uma época de transição entre a Idade Média e o Renascimento.
Como o próprio nome já diz, o ser humano passou a ser valorizado.
Foi nessa época que surgiu uma nova classe social: a burguesia. Os burgueses não eram nem servos e nem comerciantes.
Com o aparecimento desta nova classe social foram aparecendo as cidades e muitos homens que moravam no campo se mudaram para morar nestas cidades, como conseqüência o regime feudal de servidão desapareceu.
Foram criadas novas leis e o poder parou nas mãos daqueles que, apesar de não serem nobres, eram ricos.
O “status” econômico passou a ser muito valorizado, muito mais do que o título de nobreza.
As Grandes Navegações trouxeram ao homem confiança de sua capacidade e vontade de conhecer e descobrir várias coisas. A religião começou a decair (mas não desapareceu) e o teocentrismo deu lugar aoantropocentrismo, ou seja, o homem passou a ser o centro de tudo e não mais Deus.
Os artistas começaram a dar mais valor às emoções humanas.
É bom ressaltar que todas essas mudanças não ocorreram do dia para a noite.
HUMANISMO = TEOCENTRISMO X ANTROPOCENTRISMO
Algumas manifestações:
Teatro
O teatro foi a manifestação literária onde ficavam mais claras as características desse período.
Gil Vicente foi o nome que mais se destacou, ele escreveu mais de 40 peças.
Sua obra pode ser dividida em 2 blocos:
Autos: peças teatrais cujo assunto principal é a religião.
“Auto da alma” e “Trilogia das barcas” são alguns exemplos.
Farsas: peças cômicas curtas. Enredo baseado no cotidiano.
“Farsa de Inês Pereira”, “Farsa do velho da horta”, “Quem tem farelos?” são alguns exemplos.
Poesia
Em 1516 foi publicada a obra “Cancioneiro Geral”, uma coletânea de poemas de época.
O cancioneiro geral resume 2865 autores que tratam de diversos assuntos em poemas amorosos, satíricos, religiosos entre outros.
Prosa
Crônicas: registravam a vida dos personagens e acontecimentos históricos.
Fernão Lopes foi o mais importante cronista (historiador) da época, tendo sido considerado o “Pai da História de Portugal”. Foi também o 1º cronista que atribuiu ao povo um papel importante nas mudanças da história, essa importância era anteriormente atribuída somente à nobreza.

ObrasAtividades:

“Crônica d’El-Rei D. Pedro”e barroco literatura resumo
“Crônica d’El-Rei D. Fernando”
“Crônica d’El-Rei D. João I”

CLASSICISMO, OU QUINHENTISMO

(século XV) é o nome dado ao período literário que surgiu na época do Renascimento (Europa séc. XV a XVI). Um período de grandes transformações culturais, políticas e econômicas.
Vários foram os fatores que levaram a tais transformações, dentre eles a crise religiosa (era a época da Reforma Protestante, liderada por Lutero), as grandes navegações (onde o homem foi além dos limites da sua terra) e a invenção da Imprensa que contribuiu muito para a divulgação das obras de vários autores gregos e latinos (cultura clássica) proporcionando mais conhecimento para todos.
Foi na arte renascentista que o antropocentrismo atingiu a sua plenitude, agora, era o homem que passava a ser evidenciado, e não mais Deus.
A arte renascentista se inspirava no mundo greco-romano (Antiguidade Clássica) já que estes também eram antropocêntricos.

Características do Classicismo

- Racionalismo: a razão predomina sobre o sentimento, ou seja, a expressão dos sentimentos era controlada pela razão.
- Universalismo: os assuntos pessoais ficaram de lado e as verdades universais (de preocupação universal) passaram a ser privilegiadas.
- Perfeição formal: métrica, rima, correção gramatical, tudo isso passa a ser motivo de atenção e preocupação.
- Presença da mitologia greco-latina
- Humanismo: o homem dessa época se liberta dos dogmas da Igreja e passa a se preocupar com si próprio, valorizando a sua vida aqui na Terra e cultivando a sua capacidade de produzir e conquistar. Porém, a religiosidade não desapareceu por completo.

Principais Autores e Obras
 Atividades:

Luís Vaz de Camões

Um dos maiores nomes da Literatura Universal, e certamente, o maior nome da Literatura Portuguesa.
Escreveu poesias (líricas e épicas) e peças teatrais, porém sua obra mais conhecida e consagrada é a epopéia “Os Lusíadas” considerada uma obra-prima.
Essa obra é dividida em 10 partes (cantos) com 8816 versos distribuídos em 1120 estrofes e narra a viagem de Vasco da Gama às Índias enfatizando alguns momentos importantes da história de Portugal.
Outros escritores existiram, porém não tiveram tanto destaque quanto Camões, são eles: Sá de Miranda, Bernardim Ribeiro e Antonio Ferreira.
O Classicismo terminou em 1580, com a passagem de Portugal ao domínio espanhol e também com a morte de Camões.

Características de uma epopéia

- É escrita em versos.
- O tema é sempre grandioso e heróico e refere-se à história de um povo.
- É composta de proposição, invocação, dedicatória, narração e epílogo.
  
Atividades:


01. Sobre o Humanismo, identifique a alternativa falsa:

a) Em sentido amplo, designa a atitude de valorização do homem, de seus atributos e realizações.
b) Configura-se na máxima de Protágoras: “O homem é a medida de todas as coisas”.
c) Rejeita a noção do homem regido por leis sobrenaturais e opõe-se ao misticismo.
d) Designa tanto uma atitude filosófica intemporal quanto um período especifico da evolução da cultura ocidental.
e) Fundamenta-se na noção bíblica de que o homem é pó e ao pó retornará, e de que só a transcendência liberta o homem de seu insignificância terrena.


02. Ainda sobre o Humanismo, assinale a afirmação incorreta:

a) Associa-se à noção de antropocentrismo e representou a base filosófica e cultural do Renascimento.
b) Teve como centro irradiador a Itália e como precursor Dante Alighieri, Boccaccio e Petrarca.
c) Denomina-se também Pré-Renascentismo, ou Quatrocentismo, e corresponde ao século XV.
d) Representa o apogeu da cultura provençal que se irradia da França para os demais países, por meio dos trovadores e jograis.
e) Retorna os clássicos da Antiguidade greco-latina como modelos de Verdade, Beleza e Perfeição.


03. Sobre a poesia palaciana, assinale a alternativa falsa:

a) É mais espontânea que a poesia trovadoresca, pela superação da influência provençal, pela ausência de normas para a composição poética e pelo retorno á medida velha.

b) A poesia, que no trovadorismo era canto, separa-se da música, passando a ser fala. Destina-se à leitura individual ou à recitação, sem o apoio de instrumentos musicais.

c) A diversidade métrica da poesia trovadoresca foi praticamente reduzida a duas medidas: os versos de 7 sílabas métricas (redondilhas menores).

d) A utilização sistemática dos versos redondilhas denominou-se medida velha, por oposição à medida nova, denominação que recebemos os versos decassílabos, trazidos da Itália por Sá de Miranda, em  1527.

e) A poesia palaciana foi compilada em 1516, por Garcia de Resende, no Cancioneiro Geral, antologia que reúne 880 composições, de 286 autores, dos quais 29 escreviam em castelhano. Abrange a produção poética dos reinados de D. Afonso V (1438-1481), de D. João II (1481-1495) e de D. Manuel I – O Venturoso (1495-1521).


04. O Cancioneiro Geral não contém:

a) Composições com motes e glosas.
b) Cantigas e esparsas.
c) Trovas e vilancetes.
d) Composições na medida velha.
e) Sonetos e canções.


05. A obra de Fernão Lopes tem um caráter:

a) Puramente científico, pelo tratamento documental da matéria histórica;
b) Essencialmente estético pelo predomínio do elemento ficcional;
c) Basicamente histórico, pela fidelidade à documentação e pela objetividade da linguagem científica;
d) Histórico-literário, aproximando-se do moderno romance histórico, pela fusão do real com o imaginário.
e) Histórico-literário, pela seriedade da pesquisa histórica, pelas qualidades do estilo e pelo tratamento literário, que reveste a narrativa histórica de um tom épico e compõe cenas de grande realismo plástico, além do domínio da técnica dramática de composição.


06. (FUVEST) Aponte a alternativa correta em relação a Gil Vicente:

a) Compôs peças de caráter sacro e satírico.
b) Introduziu a lírica trovadoresca em Portugal.
c) Escreveu a novela Amadis de Gaula.
d) Só escreveu peças e português.
e) Representa o melhor do teatro clássico português.


07. (FUVEST-SP) Caracteriza o teatro de Gil Vicente:

a) A revolta contra o cristianismo.
b) A obra escrita em prosa.
c) A elaboração requintada dos quadros e cenários apresentados.
d) A preocupação com o homem e com a religião.
e) A busca de conceitos universais.


08. (FUVEST-SP) Indique a afirmação correta sobre o Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente:

a) É intricada a estruturação de suas cenas, que surpreendem o público com a inesperado de cada situação.
b) O moralismo vicentino localiza os vícios, não nas instituições, mas nos indivíduos que as fazem viciosas.
c) É complexa a critica aos costumes da época, já que o autor primeiro a relativizar a distinção entre Bem e o Mal.
d) A ênfase desta sátira recai sobre as personagens populares mais ridicularizadas e as mais severamente punidas.
e) A sátira é aqui demolidora e indiscriminada, não fazendo referência a qualquer exemplo de valor positivo.

 
09. 
(FUVEST-SP) Diabo, Companheiro do Diabo, Anjo, Fidalgo, Onzeneiro, Parvo, Sapateiro, Frade, Florença, Brísida Vaz, Judeu, Corregedor, Procurador, Enforcado e Quatro Cavaleiros são personagens do Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente.

Analise as informações abaixo e selecione a alternativa incorreta cujas características não descrevam
adequadamente a personagem.

a) O Onzeneiro idolatra o dinheiro, é agiota e usurário; de tudo que juntara, nada leva para a morte, ou
melhor, leva a bolsa vazia.

b) O Frade representa o clero decadente e é subjugado por suas fraquezas: mulher e esporte; leva a amante e as armas de esgrima.

c) O Diabo, capitão da barca do inferno, é quem apressa o embarque dos condenados; é dissimulado e irônico.

d) O Anjo, capitão da barca do céu, é quem elogia a morte pela fé; é austero e inflexível.

e) O Corregedor representa a justiça e luta pela aplicação integra e exata das leis; leva papéis e processos.


10. Leia com atenção o fragmento do Auto da Barco do Inferno, de Gil Vicente:

Parvo -    - Hou, homens dos breviários,
                   Rapinastis coelhorum
                   Et pernis perdigotorum
                   E mijais nos campanários.
    
Não é correto afirmar sobre o texto:

a) As falas do Parvo, como esta, sempre são repletas de gracejos e de palavrões, com intenção satírica.
b) Nesta fala, o Parvo está denunciando a corrupção do Juiz e do Procurador.
c) O latim que aparece na passagem é exemplo de imitação paródia dessa língua.
d) Por meio de seu latim, o Parvo afasta-se de seu simplicidade, mostrando-se conhecedor de outra línguas.
e) Ao misturar um falso latim com palavrões, Gil Vicente demonstra a natureza popular de seu teatro e de seus canais de expressão.




segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

4ª atividade de Língua Portuguesa: poemas (sonetos, cantigas, poema de cordel) notícias e crônicas.

Pontuação, Ortografia e Acentos Gráficos:


SINAIS DE PONTUAÇÃO - RESUMO PRÁTICO


Vírgula ( , ): É usada nos casos de pausa com curta duração.
Usa-se a vírgula:

·       Para separar palavras com a mesma função, coordenadas ou em seqüência.
Fernando, Guilherme, Tamires, Letícia e Talita formam um bom quinteto.
·       Para isolar vocativo.
Querida, onde está meu livro?
·       Nas datas, depois do nome do lugar.
Currais Novos, 28 de setembro de 2010.
·       Para isolar aposto explicativo.
Fabiana, filha de Marcelo, continua atenta.
·       Para separar orações coordenadas assindéticas, subordinadas adjetivas explicativas, subordinadas adverbiais.
Veio, viu, venceu.
O leite, que é um alimento branco, faz bem.
Quando abri a porta, vi um cartão lindo colado.
·       Para representar verbo expresso antes e que se omite depois.
Eu digo o que sinto e você, não.     
·       Para isolar expressões intercaladas e deslocadas.
Os alunos, que eu tome conhecimento, nada decidem sem consulta.
Ontem à tarde, todos fizeram horas extras.
Portanto, estamos aqui para começar.
·       Vírgula proibida:
Entre sujeito e verbo: Os pais dos alunos, deverão comparecer (E)
Entre verbo e complemento: O gerente conhece, todos os clientes. (E)
Entre nome e complemento: Estavam envolvidos, em falcatruas. (E)

Ponto final ( . ): É a pausa natural no fim de um período(idéia).
Nós somos felizes.

Ponto-e-vírgula ( ; ):               Usamos para uma pausa pouco maior que a da vírgula, entre elementos de uma enumeração ou
 frases opostas.
                Um dia da caça; outro do caçador.

Dois-pontos ( : ): Nas citações, enumerações e apostos.
                Tenho vários tios: Renato, Homero, Sílvio, Wanderley.
                “Barroso disse na Batalha do Riachuelo: o Brasil espera que cada um cumpra o seu dever.”

Reticências ( ... ): Indicam a interrupção do pensamento.
                Ah! Se você estivesse aqui...

Parênteses (    ): Servem para separar palavras, expressões e frases explicativas.
                Márcio (o arquiteto) chegou com a esposa para almoçar.

Aspas ( “ ): Servem para indicar citações de frases e certas expressões.
                “Inflação bate de novo recorde em abril: 20,96%.”
(O Fluminense).

Travessão ( – ): Traço maior que o hífen, servindo para indicar mudança de interlocutor, realçar oração intercalada e separar
 palavras e dizeres
                O momento – disse o guerreiro – é este.


Questões sobre pontuação:

1) (EPCAR) “Bem-aventurado, pensei eu comigo, aquele em que os afagos de uma tarde serena de primavera no silêncio da solidão produzem o torpor dos membros.” (Herculano)

No período acima, usaram-se as vírgulas para separar:

a) uma oração pleonástica;
b) uma oração coordenada assindética;
c) um adjunto deslocado;
d) elementos paralelos;
e) uma oração intercalada.

2) (EFOMM) Assinale a única alternativa que apresenta pontuação não justificável:

a) Eu, sou valente, disse o fanfarrão.
b) Todos os meus amigos sabem disso, meu caro!
c) Todos os meus amigos sabem, disso estou certo!
d) A caridade, que é virtude cristã, agrada mais a Deus que aos homens.
e) Fui lá, ainda ontem, e procurei-o.

3) (AMAN) “Para meu desapontamento, nasceu um ser raquítico e feio, pesando um quilo.”

As vírgulas, na frase acima transcrita, foram utilizadas, respectivamente para:

a) isolar o aposto e separar uma oração subordinada da principal;
b) marcar o início de uma oração intercalada e separar orações coordenadas assindéticas;
c) marcar o deslocamento do adjunto adverbial e separar uma oração adjetiva explicativa da
principal;
d) isolar o objeto pleonástico e indicar a elipse da conjunção;
e) separar uma oração subordinada anteposta à principal e separar uma oração subordinada posposta à principal.

4) ( ITA) Assinale a alternativa incorreta quanto às normas da pontuação:

a) Usa-se a vírgula no interior da oração para separar elementos que exercem a mesma função sintática.
b) O ponto-e-vírgula denota em geral uma pausa suspensiva, suficiente para indicar que o período está concluído.
c) As conjunções conclusivas, quando pospostas a um dos termos da oração, podem vir entre
vírgulas.
d) Usa-se o ponto-e-vírgula para separar orações de um período, das quais um dos seus termos já esteja subdividido por vírgula.
e) Usa-se a vírgula para separar as orações subordinadas adverbiais, principalmente quando
antepostas à principal.

5) (ITA) Assinalar a alternativa em que a pontuação esteja correta:

a) Ele não virá hoje; não contem, portanto, com ele.
b) O Reitor daquela famosa universidade italiana, chegará aqui amanhã.
c) São José dos Campos 15 de março, de 1985.
d) Quero que, assine o contrato.
e) Qualquer bebida que, contenha álcool, não deve ser tomada por você.

6)  (ITA) Assinale a opção cujos sinais, indicados entre parêntese, não permitem pontuação correta para as frases abaixo:

a) Se a felicidade é proporcional à renda é irrespondível a causa das máquinas se não a questão toda
precisa ser examinada. (2 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
b) “O mau médico encarece a enfermidade e não lhe dá remédio o mau conselheiro exagera os
inconvenientes e não dá meio com que os melhorar.” (3 vírgulas e 1 ponto-e-vírgula)
c) “O beijo das mulheres sérias é frio faz a gente espirrar o das mulheres ardentes gasta-nos os
lábios... e o dinheiro.” (1 dois pontos e 1 ponto-e-vírgula)
d) Chamava-se Isolina a amiga que a consolava Piedade. (1 vírgula e 1 ponto-e-vírgula)
e) “Depois dos pais que recebem o nosso primeiro grito o solo pátrio recebe os nossos primeiros
passos é um duplo receber que é duplo dar.” (3 vírgulas e 1 dois pontos).

7) (EPCAR) “Ao homem, deu-lhe Deus a sensibilidade para amar o bem.” Empregou-se a vírgula para:

a) pôr em destaque uma expressão;
b) separar uma expressão na ordem inversa;
c) realçar um objeto indireto pleonástico;
d) separar um aposto;
e) dar ênfase a uma circunstância.

8) (UFRJ) No período,“A fé, que é a mola do crente, sustenta e impulsiona a máquina do mundo”, a oração “que é a mola do crente” está entre vírgulas, porque:

a) equivale a um aposto;
b) está em ordem indireta;
c) o autor quis destacar o conceito de crença;
d) é uma oração adverbial;
e) é uma oração substantiva completiva.

9) (CESGRANRIO) Assinale a opção em que a explicação para o emprego das vírgulas está errada:

a) “Zilda, a dona da casa, arrumara a mesa desde cedo.” (isolam o aposto)
b) “E, para adiantar o expediente, vestir a aniversariante logo depois do almoço.” (destacam a oração adverbial)
c) “Tratava-se de uma velha grande, magra, imponente e morena.” (separam predicativos)
d) “O ponche foi servido, Zilda suava, nenhuma cunhada ajudava propriamente.” (separam orações coordenadas assindéticas)
e) “e de costas para a aniversariante, que não podia comer frituras, eles riam inquietos.” (isolam a oração adjetiva explicativa)

10) (UFRJ) Marco Túlio Cícero, tão famoso quanto Demóstenes na área da retórica, sempre dizia:
Prefiro a virtude do medíocre ao talento do velhaco.

Neste período está faltando um sinal de pontuação:

a) vírgula;
b) ponto e vírgula;
c) ponto de exclamação;
d) aspas;
e) reticência.

Ortografia


Ao escrever uma palavra com som de s, de z, de x ou de j, deve-se procurar a origem dela, pois, na Língua Portuguesa, a palavra primitiva, em muitos casos, indica como deveremos escrever a palavra derivada.
Ç
01) Escreveremos com -ção as palavras derivadas de vocábulos terminados em -to, -tor, -tivo e os substantivos formados pela posposição do -ção ao tema de um verbo (Tema é o que sobra, quando se retira a desinência de infinitivo - r - do verbo).
Portanto deve-se procurar a origem da palavra terminada em -ção. Por exemplo: Donde provém a palavra conjunção? Resposta: provém de conjunto. Por isso, escrevemo-la com ç.
Exemplos:
• erudito = erudição
• exceto = exceção
• setor = seção
• intuitivo = intuição
• redator = redação
• ereto = ereção
• educar - r + ção = educação
• exportar - r + ção = exportação
• repartir - r + ção = repartição

02) Escreveremos com -tenção os substantivos correspondentes aos verbos derivados do verbo ter.
Exemplos:
• manter = manutenção
• reter = retenção
• deter = detenção
• conter = contenção
03) Escreveremos com -çar os verbos derivados de substantivos terminados em -ce.
Exemplos:
• alcance = alcançar
• lance = lançar
S
01) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -nder e -ndir
Exemplos:
• pretender = pretensão
• defender = defesa, defensivo
• despender = despesa
• compreender = compreensão
• fundir = fusão
• expandir = expansão
02) Escreveremos com -s- as palavras derivadas de verbos terminados em -erter, -ertir e -ergir.
Exemplos:
• perverter = perversão
• converter = conversão
• reverter = reversão
• divertir = diversão
• aspergir = aspersão
• imergir = imersão
03) Escreveremos -puls- nas palavras derivadas de verbos terminados em -pelir e -curs-, nas palavras derivadas de verbos terminados em -correr.
Exemplos:
• expelir = expulsão
• impelir = impulso
• compelir = compulsório
• concorrer = concurso
• discorrer = discurso
• percorrer = percurso
04) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -oso e -osa, com exceção de gozo.
Exemplos:
• gostosa
• glamorosa
• saboroso
• horroroso
05) Escreveremos com -s- todas as palavras terminadas em -ase, -ese, -ise e -ose, com exceção de gaze e deslize.
Exemplos:
• fase
• crase
• tese
• osmose
06) Escreveremos com -s- as palavras femininas terminadas em -isa.
Exemplos:
• poetisa
• profetisa
• Heloísa
• Marisa
07) Escreveremos com -s- toda a conjugação dos verbos pôr, querer e usar.
Exemplos:
• Eu pus
• Ele quis
• Nós usamos
• Eles quiseram
• Quando nós quisermos
• Se eles usassem
Ç ou S?
Após ditongo, escreveremos com -ç-, quando houver som de s, e escreveremos com -s-, quando houver som de z.
Exemplos:
• eleição
• traição
• Neusa
• coisa
S ou Z?
01 a) Escreveremos com -s- as palavras terminadas em -ês e -esa que indicarem nacionalidades, títulos ou nomes próprios.
Exemplos:
• português
• norueguesa
• marquês
• duquesa
• Inês
• Teresa
b) Escreveremos com -z- as palavras terminadas em -ez e -eza, substantivos abstratos que provêm de adjetivos, ou seja, palavras que indicam a existência de uma qualidade.
Exemplos:
• embriaguez
• limpeza
• lucidez
• nobreza
• acidez
• pobreza

02 a) Escreveremos com -s- os verbos terminados em -isar, quando a palavra primitiva já possuir o -s-.
Exemplos:
• análise = analisar
• pesquisa = pesquisar
• paralisia = paralisar
b) Escreveremos com -z- os verbos terminados em -izar, quando a palavra primitiva não possuir -s-.
Exemplos:
• economia = economizar
• terror = aterrorizar
• frágil = fragilizar
Cuidado:
• catequese = catequizar
• síntese = sintetizar
• hipnose = hipnotizar
• batismo = batizar
03 a) Escreveremos com -s- os diminutivos terminados em -sinho e -sito, quando a palavra primitiva já possuir o -s- no final do radical.
Exemplos:
• casinha
• asinha
• portuguesinho
• camponesinha
• Teresinha
• Inesita
b) Escreveremos com -z- os diminutivos terminados em -zinho e -zito, quando a palavra primitiva não possuir -s- no final do radical.
Exemplos:
• mulherzinha
• arvorezinha
• alemãozinho
• aviãozinho
• pincelzinho
• corzinha
SS
01) Escreveremos com -cess- as palavras derivadas de verbos terminados em -ceder.
Exemplos:
• anteceder = antecessor
• exceder = excesso
• conceder = concessão
02) Escreveremos com -press- as palavras derivadas de verbos terminados em -primir.
Exemplos:
• imprimir = impressão
• comprimir = compressa
• deprimir = depressivo
03) Escreveremos com -gress- as palavras derivadas de verbos terminados em -gredir.
Exemplos:
• agredir = agressão
• progredir = progresso
• transgredir = transgressor
04) Escreveremos com -miss- ou -mess- as palavras derivadas de verbos terminados em -meter.
Exemplos:
• comprometer = compromisso
• intrometer = intromissão
• prometer = promessa
• remeter = remessa

ÇS ou SS
Em relação ao verbos terminados em -tir, teremos:
01) Escreveremos com -ção, se apenas retirarmos a desinência de infinitivo -r, dos verbos terminados em -tir.
Exemplo:
• curtir - r + ção = curtição
02) Escreveremos com -são, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for consoante.
Exemplo:
• divertir - tir + são = diversão
03) Escreveremos com -ssão, quando, ao retirarmos toda a terminação -tir, a última letra for vogal.
Exemplo:
• discutir - tir + ssão = discussão
J
01) Escreveremos com -j- as palavras derivadas dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• trajar = traje, eu trajei.
• encorajar = que eles encorajem
• viajar = que eles viajem
02) Escreveremos com -j- as palavras derivadas de vocábulos terminados em -ja.
Exemplos:
• loja = lojista
• gorja = gorjeta
• canja = canjica
03) Escreveremos com -j- as palavras de origem tupi, africana ou popular.
Exemplos:
• jeca
• jibóia
• jiló
• pajé
G
01) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -ágio, -égio, -ígio, -ógio, -úgio.
Exemplos:
• pedágio
• colégio
• sacrilégio
• prestígio
• relógio
• refúgio
02) Escreveremos com -g- todas as palavras terminadas em -gem, com exceção de pajem, lambujem e a conjugação dos verbos terminados em -jar.
Exemplos:
• a viagem
• a coragem
• a personagem
• a vernissagem
• a ferrugem
• a penugem
X
01) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por mex-, com exceção de mecha.
Exemplos:
• mexilhão
• mexer
• mexerica
• México
• mexerico
• mexido
02) Escreveremos com -x- as palavras iniciadas por enx-, com exceção das derivadas de vocábulos iniciados por ch- e da palavra enchova.
Exemplos:
• enxada
• enxerto
• enxerido
• enxurrada
mas:
• cheio = encher, enchente
• charco = encharcar
• chiqueiro = enchiqueirar
03) Escreveremos -x- após ditongo, com exceção de recauchutar e guache.
Exemplos:
• ameixa
• deixar
• queixa
• feixe
• peixe
• gueixa
UIR e OER
Os verbos terminados em -uir e -oer terão as 2ª e 3ª pessoas do singular do Presente do Indicativo escritas com -i-.
Exemplos:
• tu possuis
• ele possui
• tu constróis
• ele constrói
• tu móis
• ele mói
• tu róis
• ele rói
UAR e OAR
Os verbos terminados em -uar e -oar terão todas as pessoas do Presente do Subjuntivo escritasom -e-.
Exemplos:
• Que eu efetue
• Que tu efetues
• Que ele atenue
• Que nós atenuemos
• Que vós entoeis
• Que eles entoem

Questões sobre ortografia:

1. (IBGE) Entre as opções abaixo, somente uma completa corretamente as lacunas apresentadas a seguir. Assinale-a: Na cidade carente, os .......... resolveram .......... seus direitos, fazendo um .......... assustador.
a) mendingos; reivindicar; rebuliço       
b) mindigos; reinvidicar, rebuliço      
c) mindigos; reivindicar, reboliço
d) mendigos; reivindicar, rebuliço
e) mendigos; reivindicar, reboliço

2. (IBGE) Assinale a opção em que todas as palavras se completam adequadamente com a letra entre parênteses:
a) en.....aguar / pi.....e / mi.....to (x)
b) exce.....ão / Suí.....a / ma.....arico (ç)
c) mon.....e / su.....estão / re.....eitar (g)
d) búss.....la / eng.....lir / ch.....visco (u)
e) .....mpecilho / pr.....vilégio / s.....lvícola (i)

3. (TRE-SP) Foram insuficientes as ....... apresentadas, ....... de se esclarecerem os ...... .
a) escusas - a fim - mal-entendidos
b) excusas - afim - mal-entendidos
c) excusas - a fim - malentendidos
d) excusas - afim - malentendidos
e) escusas - afim - mal-entendidos

4. (TRE-SP) Este meu amigo .......... vai ..........-se para ter direito ao título de eleitor.
a) extrangeiro - naturalizar                 d) estrangeiro - naturalizar
b) estrangeiro - naturalisar                e) estranjeiro - naturalisar
c) extranjeiro - naturalizar

5. (TTN) Assinale a alternativa em que todas as palavras estão corretamente grafadas:
a) quiseram, essência, impecílio
b) pretencioso, aspectos, sossego
c) assessores, exceção, incansável
d) excessivo, expontâneo, obseção
e) obsecado, reinvidicação, repercussão

6. (FT) A alternativa cujas palavras se escrevem respectivamente com -são e
-ção, como "expansão" e "sensação", é:
a) inven..... / coer.....                      d) disten..... / inser.....
b) absten..... / asser.....                 e) preten..... / conver.....
c) dimen..... / conver.....

7. (U-UBERLÂNDIA) Das palavras abaixo relacionadas, uma não se escreve com h inicial. Assinale-a:
a) hélice                      d) herva
b) halo                         e) herdade
c) haltere

8. (EPCAR) Só não se completa com z:
a) repre(  )ar                      d) abali(  )ado
b) pra(  )o                           e) despre(  )ar
c) bali(  )a

9. (EPCAR) Completam-se com g os vocábulos abaixo, menos:
a) here(  )e                      d) berin(  )ela
b) an(  )élico                   e) ti(  )ela
c) fuli(  )em

10. (BB) Alternativa correta:
a) estemporanêo                      d) espontâneo
b) escomungado                      e) espansivo
c) esterminado

Acentuação Gráfica

O português, assim como outras línguas neolatinas, apresenta acento gráfico. Sabemos que toda palavra da Língua portuguesa de duas ou mais sílabas possui uma sílaba tônica. Observe as sílabas tônicas das palavras arte, gentil, táxi e mocotó. Você constatou que a tonicidade recai sobre a sílaba inicial em arte, a final em gentil, a inicial em táxi e a final em mocotó.
Além disso, você notou que a sílaba tônica nem sempre recebe acento gráfico. Portanto, todas as palavras com duas ou mais sílabas terão acento tônico, mas nem sempre terão acento gráfico. A tonicidade está para a oralidade (fala) assim como o acento gráfico está para a escrita (grafia). É importante aprender as regras de acentuação pois, como vimos acima, independem da fonética.
Abaixo estão descritas as regras de acentuação gráfica de forma descomplicada. Trata-se de assunto relativamente simples, basta memorizar as regras. Entendemos que o conhecimento sobre separação de sílabas é pré-requisito para melhor assimilação desse tema.
Reforma Ortográfica veio descomplicar e simplificar a língua portuguesa notadamente nesta parte de acentuação gráfica.
  • 11Acentuam-se as palavras monossílabas tônicasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s.
    Ex: já, fé, pés, pó, só, ás.
  • 22Acentuam-se as palavras oxítonasterminadas em a, e, o, seguidas ou não de s , em, ens. Ex:cajá, café, jacaré, cipó, também, parabéns, metrô, inglês alguém, armazém, conténs, vinténs.
    Não se acentuam: as oxítonas terminadas em i e u, e em consoantes nem os infinitivos em i, seguidos dos pronomes oblíquos lo, la, los, las
    Ex: ali, caqui, rubi, bambu, rebu, urubu, sutil, clamor, fi-lo, puni-la, reduzi-los, feri-las.
  • 33Acentuam-se as palavras paroxítonasexceto aquelas terminadas em a, e, o, seguidas ou não de s, em, ens, bem como prefixos paroxítonos terminados em i ou r.
    Ex: dândi, júri, órfã, César, mártir, revólver, álbum, bênção, bíceps, espelho, famosa, medo, ontem, socorro, polens, hifens, pires, tela, super-homem.
    Atenção: Acentuam-se as paroxítonas terminados em ditongo oral seguido ou não de s.
    Ex: jóquei, superfície, água, área, aniversário, ingênuos.
  • 44Acentuam-se as palavras proparoxítonas sem exceção.
    Ex: ótimo, incômoda, podíamos, correspondência abóbora, bússola, cântaro, dúvida, líquido, mérito, nórdico, política, relâmpago, têmpora .
  • 55Acentuam-se os ditongos abertosei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras monossílabas e oxítonas.
    Ex: carretéis, dói, herói, chapéu, anéis.
    Atenção: Pela nova ortografia não se acentuam ditongos abertos ei, oi, eu, seguidos ou não de s em palavras paroxítonas.
    Ex: ideia, plateia, assembleia.
  • 66Não se acentua, pela nova ortografia, palavras paroxítonas com hiato oo seguidos ou não de s.
    Ex: voos, enjoo, abençoo.
  • 77Também não se acentuam as palavras paroxítonas com hiato ee.
    Ex: creem, leem, veem, deem.
  • 88Acentuam-se sempre as palavras que contenham i , u: tônicas; formam hiatos; formam sílabas sozinhas ou são seguidos de s; não seguidas de nh; não precedidas de ditongo em paroxítonas; nem repetidas.
    Ex: aí, balaústre, baú, egoísta, faísca, heroína, saída, saúde, viúvo, juízes, Piauí. Pela regra exposta acima, não se acentuam: rainha, xiita, ruim, juiz, feiura.
  • 99Pela nova ortografia, não se acentua com acento agudo u tônico dos grupos que, qui, gue, gui: argui, arguis, averigue, averigues, oblique, obliques, apazigues.
  • 1010Da mesma forma não se usa mais o trema:aguento, frequente, tranquilo, linguiça, aguentar, arguição, unguento, tranquilizante. Emprega-se o til para indicar a nasalização de vogais: afã, coração, devoções, maçã, relação etc.
  • 1111acento diferencial foi excluído. Mantém-se apenas nestas quatro palavras, para distinguir uma da outra que se grafa de igual maneira:
  • pôde (verbo poder no tempo passado) / pode (verbo poder no tempo presente);
  • pôr ( verbo) / por (preposição);
  • vem ( verbo vir na 3ª pessoa do singular) / vêm ( verbo vir na 3ª pessoa do plural);
  • tem ( verbo ter na 3ª pessoa do singular) / têm ( verbo ter na 3ª pessoa do plural).
Questões sobre acentuação gráfica:


1. (IBGE) Assinale a opção cuja palavra não deve ser acentuada: 
a) Todo ensino deveria ser gratuito. 
b) Não ves que eu não tenho tempo? 
c) É difícil lidar com pessoas sem carater. 
d) Saberias dizer o conteudo da carta? 
e) Veranópolis é uma cidade que não para de crescer. 

2. (IBGE) Assinale a opção que contém as três, dentre as cinco palavras sublinhadas, que devem receber acento gráfico: 
a) Eles tem de, sozinhos, aparar o pelo do animal e prepara-lo para a exposiçao. 
b) A estrategia utilizada pelo jogador pos a rainha em perigo em tempo recorde. 
c) Saimos do tribunal mas, por causa do tumulto, não conseguimos a rubrica dos juizes. 
d) A quimica vem produzindo novas cores para as industrias de tecido. 
e) Eles não veem o apoio que se da a qualquer pessoa que aqui vem pedir ajuda. 

3. (EPCAR) Assinale a série em que todos os vocábulos devem receber acento gráfico: 
a) Troia, item, Venus 
b) hifen, estrategia, albuns 
c) apoio (subst.), reune, faisca 
d) nivel, orgão, tupi 
e) pode (pret. perf.), obte-las, tabu 

4. (BB) Opção correta: 
a) eclípse 
b) juíz
c) agôsto
d) saída
e) intúito  

5. (BB) "Alem do trem, voces tem onibus, taxis e aviões". 
a) 5 acentos
b) 4 acentos  
c) 3 acentos 
d) 2 acentos
e) 1 acento 


6. (BB) Monossílabo tônico: 
a) o 
b) lhe 
c) e 
d) luz
e) com 

7. (BB) Leva acento: 
a) pêso 
b) pôde 
c) êste
d) tôda
e) cêdo 

8. (BB) Não leva acento: 
a) atrai-la 
b) supo-la 
c) conduzi-la 
d) vende-la 
e) revista-la 

9. (BB) Noite: 
a) hiato 
b) ditongo 
c) tritongo 
d) dígrafo 
e) encontro consonantal 

10. (UF-PR) Assinale a alternativa em que todos os vocábulos são acentuados por serem oxítonos: 
a) paletó, avô, pajé, café, jiló 
b) parabéns, vêm, hífen, saí, oásis 
c) você, capilé, Paraná, lápis, régua 
d) amém, amável, filó, porém, além 
e) caí, aí, ímã, ipê, abricó