GEOGRAFIA:
EUROPA
Fisiograficamente, a Europa é o componente noroeste da maior massa de terra do planeta, conhecida como a Eurásia, ou Eurafrásia: a Ásia ocupa a maior parte leste dessa porção de terra contínua e todos partilham uma plataforma continental comum. A fronteira oriental da Europa agora é comumente definida pelos montes Urais, na Rússia. O geógrafo do primeiro século d.C. Estrabão, considerava o rio Don "Tanais" como o limite para o mar Negro, como diziam as primeiras fontes judaicas.
A fronteira sudeste com a Ásia não é universalmente definida, sendo que o rio Ural, ou, alternativamente, o rio Emba servem mais comummente como limites possíveis. O limite continua até ao mar Cáspio, a crista das montanhas do Cáucaso, ou, alternativamente, o rio Kura no Cáucaso, e o mar Negro, Bósforo, o mar de Mármara, o estreito de Dardanelos, o mar Egeu concluem o limite com a Ásia. O mar Mediterrâneo ao sul separa a Europa daÁfrica. A fronteira ocidental é o oceano Atlântico, a Islândia, embora mais perto da Gronelândia (América do Norte) do que da Europa continental, são geralmente incluídos na Europa.
Por causa das diferenças sócio-políticas e culturais, existem várias descrições de fronteira da Europa, sendo que em algumas fontes alguns territórios não estão incluídos na Europa, enquanto outras fontes incluem-nos. Por exemplo, os geógrafos da Rússia e de outros países pós-soviéticos geralmente incluem os Urais na Europa, incluindo o Cáucaso na Ásia. Da mesma forma, o Chipre é mais próximo da Anatólia (ou Ásia Menor), mas é muitas vezes considerado parte da Europa e atualmente é um estado membro da UE. Além disso, Malta já foi considerado uma ilha da África ao longo de vários séculos.
Relevo
O relevo europeu mostra grande variação dentro de áreas relativamente pequenas. As regiões do sul são mais montanhosas, enquanto se move a norte o terreno desce dos altos Alpes, Pirenéus e Cárpatos, através de planaltos montanhosos, baixas planícies do norte, que são vastas a leste. Esta planície estendida é conhecida como a Grande Planície Europeia, e em seu coração encontra-se a Planície do Norte da Alemanha. Um arco de terras altas, também existe ao longo da costa norte-ocidental, que começa na parte ocidental da ilha da Grã-Bretanha e da Irlanda, e continua ao longo da montanhosa coluna, com fiordes cortados, da Noruega.
Esta descrição é simplificada. Sub-regiões como a península Ibérica e a península Itálicacontêm suas próprias características complexas, como faz a própria Europa Central continental, onde o relevo contém muitos planaltos, vales de rios e bacias que complicam a tendência geral. Sub-regiões como a Islândia, a Grã-Bretanha e a Irlanda são casos especiais. A primeira é uma terra independente no oceano do norte, que é considerada como parte da Europa, enquanto as outras duas são zonas de montanha que outrora foram parte do continente até o nível do mar cortá-las da massa de terra principal.
Hidrografia
O continente apresenta uma complexa rede hidrográfica, com grandes rios como o Volga, na Rússia, e o Danúbio, que atravessa territórios (ou delimita fronteiras) da Alemanha, Áustria, República Checa, Croácia, Hungria, Sérvia, Romênia, Bulgáriae Ucrânia. O rio Volga é o maior rio da Europa. Começa no Lago Ládoga e atravessa no sentido norte-sul a região oeste da Rússia até desaguar no mar Cáspio.
Entre os lagos europeus destacam-se o mar Cáspio, localizado na divisa com a Ásia e que possui 371 mil km²; e o lago Ládoga, na Federação Russa, este último o maior localizado totalmente no continente, com 17 700 km² de área. Outros lagos extensos são o Onega, oVänern, o Saimaa, o Vättern, entre outros.
Clima
A Europa encontra-se principalmente nas zonas de clima temperado, sendo submetido a correntes de ventos do oeste.
O clima é mais ameno em comparação com outras áreas da mesma latitude de todo o mundo devido à influência da Corrente do Golfo. A Corrente do Golfo é o apelido de "aquecimento central da Europa", porque torna o clima da Europa mais quente e mais húmido do que seria de outra maneira. A Corrente do Golfo não só leva água quente à costa da Europa, mas também aquece os ventos que sopram de oeste em todo o continente do Oceano Atlântico.
Portanto, a temperatura média durante todo o ano de Nápoles, é de 16 °C (60,8 °F), enquanto ela fica a apenas 12 °C (53,6 °F), em Nova York, que é quase na mesma latitude.Berlim, na Alemanha; Calgary, no Canadá, e Irkutsk, na parte asiática da Rússia, estão em torno da mesma latitude, as temperaturas de janeiro, em Berlim, são em média em torno de 8 °C (15 °F), mais elevadas do que aquelas registradas em Calgary, e são quase 22 °C (40 °F) mais elevadas do que as temperaturas médias em Irkutsk.
Demografia
Desde o Renascimento, a Europa teve uma grande influência na cultura, economia e movimentos sociais no mundo. As invenções mais significativas tiveram origem no mundo ocidental, principalmente na Europa e nos Estados Unidos. Algumas questões atuais e passadas na demografia europeia incluíram emigração religiosa, relações raciais, imigração econômica, a taxa de natalidade decrescente e o envelhecimento da população.
Em alguns países, como a Irlanda e a Polónia, o acesso ao aborto é atualmente limitado. No passado, tais restrições e também as restrições sobre o controle artificial da natalidade eram comuns em toda a Europa. O aborto continua sendo ilegal na ilha de Malta, onde ocatolicismo é a religião do Estado. Além disso, três países europeus (Países Baixos, Bélgica e Suíça) e a Comunidade Autónoma da Andaluzia (Espanha) têm permitido uma forma limitada de eutanásia voluntária para doentes terminais.
Em 2005, a população da Europa era estimada em 731 milhões de acordo com as Nações Unidas, que é um pouco mais do que um nono da população mundial. Um século atrás, a Europa tinha quase um quarto da população mundial. A população da Europa cresceu no século passado, mas nas outras regiões do mundo (especialmente na África e na Ásia), a população tem crescido muito mais rapidamente. Dentre os continentes, a Europa tem uma densidade populacional relativamente alta, perdendo apenas para a Ásia. O país mais densamente povoado da Europa são os Países Baixos, terceiro no ranking mundial após a Coreia do Sul e Bangladesh. Pan e Pfeil (2004) contam 87 distintos "povos da Europa", dos quais 33 formam a maioria da população em pelo menos um Estado soberano, enquanto os 54 restantes constituem minorias étnicas.
Segundo a projeção de população da ONU, a população da Europa pode cair para cerca de 7% da população mundial até 2050, ou 653 milhões de pessoas (variante média, 556 a 777 milhões em baixa e alta variante, respetivamente/respectivamente). Neste contexto, existem disparidades significativas entre regiões em relação às taxas de fertilidade. O número médio de filhos por mulher em idade reprodutiva é de 1,52. De acordo com algumas fontes, essa taxa é maior entre os europeus muçulmanos. A ONU prevê que o declínio contínuo da população de vastas áreas da Europa Oriental. A população da Rússia está diminuindo em pelo menos 700 mil pessoas a cada ano. O país tem hoje 13 mil aldeias desabitadas.
A Europa é o lar do maior número de migrantes de todas as regiões do mundo, em 70.6 milhões de pessoas, segundo um relatório da OIM. Em 2005, a UE teve um ganho líquido global de imigração de 1,8 milhão de pessoas, apesar de ter uma das maiores densidades populacionais do mundo. Isso representou quase 85% do crescimento populacional total da Europa. A União Europeia pretende abrir centros de emprego para trabalhadores migrantes legais da África.
Emigração da Europa começou com os colonos espanhóis no século XVI, e com colonos franceses e ingleses no século XVII. Mas os números mantiveram-se relativamente pequenas até ondas de emigração em massa no século XIX, quando milhões de famílias pobres, deixaram a Europa.
Hoje, uma grande população de ascendência europeia é encontrada em todos os continentes. A ascendência europeia predomina na América do Norte e, em menor grau, na América do Sul (principalmente na Argentina, Chile, Uruguai e Centro-Sul do Brasil). Além disso, a Austrália e a Nova Zelândia têm grandes populações de descendentes europeus. A África não tem países de maioria de descendentes de europeus, mas há minorias significativas, como a dos brancos Sul-Africanos. Na Ásia, as populações descendentes de europeus (mais especificamente russos) predominam no Ásia Setentrional.
Línguas
As línguas europeias pertencem principalmente a três grupos de Línguas indo-europeias: as línguas românicas, derivadas da língua latina do Império Romano, as línguas germânicas, cujos ancestrais vieram de língua do sul da Escandinávia, e as línguas eslavas. Apesar de ter a maioria de seu vocabulário descendente de línguas românicas, o idioma Inglês é classificado como uma língua germânica.
As línguas românicas são faladas principalmente no sudoeste da Europa, bem como na Roménia e na Moldávia. As línguas germânicas são faladas no noroeste da Europa e algumas partes da Europa Central. As línguas eslavas são faladas na Europa Central,Oriental e sudeste da Europa.
Muitas outras línguas fora dos três grupos principais grupos existem na Europa. Outras línguas indo-europeias incluem o grupo do Báltico (ie, Letã e Lituana), o grupo Céltico (ie,Irlandês, Gaélico Escocês, Manês, Galês, Córnico e Bretão), Grego, Albanês, e Arménio. Um grupo diferente de línguas urálicas são o Estónio, Finlandês e Húngaro, falado nos respetivos/respectivos países, bem como em partes da Roménia, Rússia, Sérvia eEslováquia.
Outras línguas não indo-europeias são o maltês (a única língua oficial semita da UE), o Basco, Geórgio, Azerbaijão, Turco no leste da Trácia Oriental e as línguas das nações minoritárias na Rússia.
O multilinguismo e a proteção das línguas regionais e minoritárias são objetivos políticos reconhecidos na Europa de hoje. A Convenção para a Proteção das Minorias Nacionais e a Carta Europeia das Línguas Regionais ou Minoritárias do Conselho da Europa estabelecem um quadro jurídico para os direitos linguísticos na Europa.
Religião
Historicamente, a religião na Europa tem tido uma grande influência na arte, cultura, filosofiae direito europeu. A religião maioritária na Europa é o cristianismo praticado por católicos,ortodoxos orientais e protestantes.
Na sequência, é o Islão, concentrado principalmente no sudeste (Bósnia e Herzegovina,Albânia, Kosovo, Cazaquistão, Chipre do Norte, Turquia e Azerbaijão), e o Budismo Tibetano encontrado em Kalmykia. As outras religiões, incluindo o Judaísmo e o Hinduísmo, são religiões minoritárias.
A Europa é um continente relativamente secular e tem o maior número e proporção de pessoas sem religião, agnósticas e ateias no mundo ocidental, com um número particularmente elevado de pessoas que se autodescrevem como não-religiosas na República Checa, Estónia, Suécia, Alemanha (Oeste) e França.
OCEANIA:
O Novíssimo Mundo - assim chamado por ter sido descoberto apenas em1770, pelo inglês James Cook - está localizado entre os oceanos Índico e Pacífico e é formado por milhares de ilhas de diversas extensões, desde pequenos atóis coralígenos até a Austrália, pouco menor que o Brasil. Ocupa ao todo uma área de mais de 8.900.000 quilômetros quadrados nos quatro hemisférios: estende-se de 21 graus de latitude norte a 50 graus de latitude sul e de 111 graus de longitude leste a 119 graus de longitude oeste. Limita-se ao norte com o Estreito de Torres e os mares de Timor e Arafura, a leste com o Mar de Coral e o Mar da Tasmânia, ao sul com o Estreito de Bass e o Oceano Índico e a oeste novamente com o Oceano Índico.
Atravessada pela linha do Equador e pelo Trópico de Capricórnio, a Oceania localiza-se nas zonas climáticas intertropical e temperada do sul. Devido à sua grande extensão de leste para oeste, abrange oito fusos horários, inclusive a linha que determina a mudança de data (Linha internacional de mudança de data).
Além de inúmeras possessões não independentes, administradas por países europeus, pelos Estados Unidos ou por nações desenvolvidas do continente, a Oceania inclui 14 Estados soberanos, entre os quais se destacam a Austrália e a Nova Zelândia, pelo grande desenvolvimento econômico, e a Papua-Nova Guiné, o segundo país do continente em população e área territorial.
Os demais, de extensão reduzida, população numericamente inexpressiva e economia subdesenvolvida, são: Fiji, Samoa Ocidental, Nauru, Tonga, ilhas Salomão, Vanuatu,Kiribati, Palau, Estados Federados da Micronésia e Tuvalu.
Devido ao grande número de ilhas, costuma-se dividir o continente em:
- Australásia: são as maiores ilhas, Austrália,Tasmânia, Nova Guiné e geograficamente, porém não cultural e historicamente, a Nova Zelândia;
- Melanésia ("ilhas negras"): o nome é derivado demelanina, pigmento escuro da pele, e alude à cor dos habitantes dessas ilhas pouco extensas, localizadas, em sua maioria, ao norte, nordeste eleste da Austrália. Grande parte delas são possessões francesas e britânicas; as que constituem países independentes são Papua-Nova Guiné, Ilhas Salomão, Vanuatu e Fiji;
- Micronésia ("pequenas ilhas"): formada por ilhasmuito pequenas, situadas ao norte e nordeste daMelanésia. O Reino Unido e os Estados Unidospossuem o maior número de territórios dessa área. Kiribati, Palau, Estados Federados da Micronésia, Ilhas Marshall e Nauru são os países independentes desse grupo;
- Polinésia ("muitas ilhas"): corresponde às ilhas mais distantes da Austrália, dispersas por uma grande área do Pacífico. São em sua maioria possessões britânicas, francesas eChilena. Os países independentes da Polinésia são Tonga, Samoa, Tuvalu e, historicamente e culturalmente (o último em relação aos seus povos aborígenes), a Nova Zelândia (nome polinésio: Aotearoa). O estado estadunidense do Havaí e a ilha chilenaRapa Nui ou ilha de Páscoa também fazem parte da Polinésia.
Embora grande parte das ilhas seja de origem vulcânica ou formada por atóis coralígenos, as características físicas do continente oceânico são muito variadas. Por isso, faremos um estudo setorizado de seus traços dominantes.
Trata-se um continente sem nenhuma fronteira terrestre entre seus 14 países constituintes. A única linha divisória política terrestre é entre Ásia e Oceania, a fronteira entre a Indonésia e a Papua-Nova Guiné. Cultural, linguística e etnicamente, o estado indonésio de Irian Jaya, tido como sendo asiático, é semelhante à Papua-Nova Guiné, habitados pelos povos papuas. Geograficamente a ilha de Nova Guiné, inteira, faz parte da Australásia, portanto Oceania. Os motivos para classificar seu lado ocidental como asiático são meramente políticos.
Austrália
Banhada ao sul e a oeste pelo oceano Índico, a noroeste pelo mar de Timor e a leste pelos mares deCoral e da Tasmânia, a Austrália é uma ilha-continente (assim chamada devido à sua vasta extensão).
Contornando todo o território australiano, encontram-se as planícies, que se tornam bastante largas no norte, junto ao Golfo da Carpentária, e no sudeste, próximo aos rios Murray e Darling. As montanhas que formam os Alpes Australianos localizam-se no leste e no sudeste; são de altitudes modestas, alcançando o máximo de 2.230 metros (Monte Kosciuszko).
A maior parte do país é constituída por planaltos geralmente baixos e relativamente planos, dos quais se destacam, entre outros, os montes MacDonell e Musgrave, bem como os desertos Vitória, Gibson, Simpson e outros menores, que ocupam todo o centro-oeste do território australiano.
A distribuição do relevo australiano, mais elevado no leste, influencia a drenagem dos maiores rios do continente -Darling e Murray -, que correm em direção ao sudoeste. Há ainda os rios Flinders, Vitória, Cooper, Ashburton e outros, localizados no leste e no norte do país. Em alguns desses manifesta-se uma característica da hidrografia australiana: o regime intermitente, determinado pelas condições climáticas.
Pontilham o território australiano lagos cuja origem se deve à depressão relativa do relevo, inclinado para o interior, existindo grandes formações lacustres até mesmo em meio ao deserto.
Verifica-se na Austrália, cortada pelo Trópico de Capricórnio, a presença de climas tropicaise subtropicais, com temperaturas elevadas no norte e mais amenas no sul, onde ocorremchuvas com maior freqüência. O clima do tipo mediterrâneo, com verão seco, manifesta-se em áreas do sudoeste e do sul. Nas vastas extensões semiáridas e desérticas do centro-oeste o clima apresenta-se bastante quente.
A nordeste do país localiza-se a Grande Barreira de Coral, que se estende no mar de Coral, por mais de 2000 km.
Em decorrência do clima, recobrem quase totalmente essa ilha as savanas e as estepes (lá denominadas scrubb), além das grandes extensões semiáridas e desérticas. Há também, entretanto, manchas de florestas tropicais e subtropicais ocupando as áreas úmidas do norte, leste e sudoeste.
Como a Austrália foi separada dos demais continentes há mais de 50 milhões de anos, desenvolveu uma fauna única, em que se destacam o ornitorrinco, um mamífero com bico epelo, e os marsupiais, como os cangurus e os coalas, animais cujos filhotes são criados numa bolsa existente no corpo da mãe durante o período de amamentação.
Nova Zelândia
Esse país é formado por duas ilhasprincipais, a do Norte e a do Sul, separadas pelo estreito de Cook. De origemvulcânica, a Ilha do Norte apresenta vulcões ativos, fontes termais e gêiseres (fontes quentes comerupções periódicas), enquanto a ilha do Sul caracteriza-se pelo relevo acidentado que contorna todo o litoral. Os Alpes Neozelandeses, que têm como ponto culminante o monte Cook, com 3.764 metros, são a mais destacada elevação.
A planície litorânea ou costeira, conhecida por Canterbury, aparece em estreitas faixas ao redor de toda a ilha e alarga-se no extremo leste da ilha do Sul.
Devido à reduzida extensão do arquipélago neozelandês, os rios que percorrem suas ilhas são de pequeno curso, não chegando a formar grandes bacias. As formações lacustres existentes são todas de origem glacial.
Em termos climáticos, a Nova Zelândia encontra-se na zona subtropical sul, comtemperaturas amenas e chuvas bem distribuídas pelo ano todo. Deriva da influência desseclima uma vegetação representada pela floresta aciculifoliada e por formações arbustivas eherbáceas. Uma curiosidade: a Nova Zelândia possui a maior floresta artificial do globo, Kaingaroa.
Melanésia, Micronésia e Polinésia
Espalhadas por uma enorme área do Oceano Pacífico, essas milhares de ilhas têm origem vulcânicas ou coralígena.
Seu relevo apresenta, em geral, planaltos baixos e desgastados, embora haja muitos exemplos de formações geológicas mais recentes. Algumas ilhas encontram-se no Círculo de fogo do Pacífico, que abrange os pontos da Terra mais sujeitos avulcanismo e a abalos sísmicos. Somente no arquipélago do Havaí há três grandes vulcões: Mauna Kea, Mauna Loa e Kilauea.
Nas ilhas recobertas por depósitos de coral o solo é geralmente arenoso, nem sempre propício à agricultura, mas muitas vezes fonte de recursos minerais importantes, como o fosfato.
A hidrografia, em virtude da pequena extensão dos territórios, é insignificante, havendo casos de ilhas que nem sequer possuem rios ou lagos de água doce. A maior parte dos arquipélagos está sob influência do clima tropical, cujas características, no entanto, são amenizadas pela proximidade do oceano, o que propicia chuvas abundantes e amplitudes térmicas reduzidas.
Em virtude dessas condições, há ilhas, ou parte delas, recobertas por densa floresta equatorial, ao passo que em outras a única vegetação existente são esparsos coqueiros ou uma pequena cobertura herbácea.
Demografia
A Oceania é chamada de Novíssimo Mundo, pois foi o último continente a ser descoberto pelos europeus, que lá chegaram noséculo XVII. Só no fim do século XVIII teria início a colonização, com a chegada de prisioneiros britânicos obrigados a trabalhar na lavoura.
Quase todas as ilhas da Oceania têm a população composta majoritariamente porindígenas. Excetuam-se a Austrália e a Nova Zelândia, em que os brancos europeus - entre os quais predominam os de origem britânica - constituem a maioria dos habitantes.
Os grupos humanos melanésios, micronésios e polinésios costumam migrar de umarquipélago para outro em busca de melhores condições de trabalho, havendo, por isso, alto grau de miscigenação. Em algumas ilhas verifica-se a presença de grandes parcelas de indianos e chineses.
A densidade demográfica dos arquipélagos varia. Por exemplo,Austrália - 2,2 hab/km² - e Papua-Nova Guiné - 7,7 hab/km² - apresentam taxas de ocupação baixíssimas, enquanto Nauru e Tonga respondem pelas duas maiores concentrações da Oceania: mais de 380 e mais de 163 hab/km², respectivanente.
A distribuição populacional está ligada, geralmente, ao grau de desenvolvimento econômico. Assim, Austrália e Nova Zelândia têm 85% ou mais de sua população estabelecidos nas zonas urbanas, enquanto o restante dasilhas a maioria dos habitantes ocupa as áreas rurais, o que indica uma industrializaçãoinexpressiva. A agricultura e o extrativismo constituem a base de sua economia. Os primitivos habitantes da Austrália, conhecidos como aborígenes, habitam o país há pelo menos 5.000 anos.
As principais cidades da Oceania são: Sydney, Melbourne e Brisbane, na Austrália;Auckland e Wellington, na Nova Zelândia; Port Moresby, capital da Papua-Nova Guiné.
Cidades mais populosas da Oceania (estimativas do World Gazeetter para 201019 ) | |||||||||||
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Ranking | Cidade | País | Pop. | Posição | Cidade | País | Pop. | ||||
1 | Sydney | ![]() | 3 749 902 | 11 | Manukau | ![]() | 410 158 | ||||
2 | Melbourne | ![]() | 3 551 659 | 12 | Christchurch | ![]() | 377 434 | ||||
3 | Brisbane | ![]() | 1 478 713 | 13 | Honolulu | ![]() | 375 134 | ||||
4 | Macáçar | ![]() | 1 256 095 | 14 | Kupang | ![]() | 361 666 | ||||
5 | Perth | ![]() | 1 317 965 | 15 | Palu | ![]() | 348 757 | ||||
6 | Adelaide | ![]() | 1 064 615 | 16 | Camberra -Queanbeyan | ![]() | 334 276 | ||||
7 | Manado | ![]() | 522 390 | 17 | Mataram | ![]() | 329 544 | ||||
8 | Gold Coast -Tweed | ![]() | 504 830 | 18 | Kendari | ![]() | 307 208 | ||||
9 | Auckland | ![]() | 421 930 | 19 | Port Moresby | ![]() | 307 103 | ||||
10 | Ambon | ![]() | 416 988 | 20 | Central Coast | ![]() | 306 025 | ||||
Observações:
1 - A Indonésia é uma nação transcontinental. A parte localizada na ilha Java faz parte da Oceania, portanto, apenas as cidades localizadas na ilha Javaestão citadas acima.
2 - Honolulu é a capital do Havaí, Estados Unidos. O estado faz parte da Oceania. |
Economia
Com exceção da Austrália e da Nova Zelândia, todos os demais países da Oceania apresentam características de subdesenvolvimento. Suas principais atividades econômicassão o extrativismo e, com raras exceções, a agricultura.
Extrativismo
No que se refere aos recursos minerais, ocupa posição privilegiada a ilha de Nauru, cuja única fonte de divisas são suas grandes jazidas de fosfato. Em virtude do pequeno número de habitantes, a receita obtida com a exportação desse produto assegura a Nauru um PIB per capita que figura entre os mais altos do mundo. Por outro lado, o país importa quase tudo de que precisa, desde alimentos até remédios e artigos manufaturados. Além disso, a julgar pelo atual ritmo de consumo, suas reservas de fosfato deverão extinguir-se dentro de 30 anos.
Devem-se citar também Papua-Nova Guiné, com suas jazidas deminerais não-ferrosos, ouro e cobre, exploradas, entretanto, por companhias australianas, e as ilhas Salomão, que possuem grandes reservas, ainda pouco exploradas, de ouro, prata, cobre,fosfato, asbesto e bauxita. A Austrália, por sua vez, tem uma indústria extrativa atuante, que exporta minério de ferro e produz 70% petróleo consumido internamente.
No plano do extrativismo vegetal, a copra (amêndoa seca do coco, de que se extrai óleo) é importante fonte de divisas para quase todos os pequenos países da Oceania. As Ilhas Salomão e Samoa exportam também madeiras finas.
A pesca é significativa nas Ilhas Salomão, em Fiji e em Kiribati; este último tem no guano (depósitos de fosfato derivados do excremento de aves marinhas) outro importante recursoeconômico.
Agricultura
Como, em geral, o solo se mostra pouco propício, a atividade agrícola na maioria das ilhas não alcança grande envergadura, produzindo quase sempre apenas para consumo interno. São exceções: Papua-Nova Guiné, com suas colheitas de café, cacau echá; em menor grau, Samoa, onde se cultiva cacau,milho,frutas citricas, coco, banana e abacaxi, e Tonga, que exporta bananas esementes oleaginosas. A pecuária nas pequenas ilhas é insignificante ou inexistente.
Já os dois maiores e mais desenvolvidos países apresentam outro panorama. A Austrália, além de exportar trigo, possui grandes rebanhos ovinos e bovinos, que, fornecendo lã e carne, constituem outra fonte de divisas. Na economia da Nova Zelândia, cuja produção agrícola abastece o mercado interno, destaca-se a pecuária, que propicia carne, lã e laticínios exportados em larga escala.
Indústria
Nas pequenas ilhas e na Papua-Nova Guiné, as indústrias, quando existem, são em geral instaladas para beneficiar algum produto originado do extrativismo. Enquadram-se nesse caso Papua-Nova Guiné (azeite de dendê e borracha) e Fiji (açúcar e pescado em conserva).
Condições totalmente diferentes são as encontradas na Austrália e na Nova Zelândia, cujo amplo parque industrial compreende desde as indústrias de base até as de bens de consumo. São os únicos países do continente que integram o bloco dos países desenvolvidos segundo o IDH.
Na Austrália, a indústria responde por cerca de 20% do Produto Interno Bruto. Destacam-se as indústrias de aço, de automóveis, mecânicas, de produtos químicos e as refinarias depetróleo, concentradas no sudeste.
Para a Nova Zelândia, menos industrializada que a Austrália, a atividade industrial representa também cerca de um quarto do Produto Interno Bruto, sendo significativa a produção de alimentos, seguida dos setores têxteis, de construção, siderúrgicos e outros.
Comércio
A importância mundial da economia japonesa vem tornando o leste asiático uma região cada vez mais destacada, tornando-se um dos polos econômicos mundiais. Na Oceania, devido ao seu grau de desenvolvimento social e industrialização, a Austrália vem adquirindo maior destaque em toda a área do Pacífico.
A tradicional influência britânica vem-se mesclando à norte-americana e à japonesa e as relações comerciais regionais tornam-se cada vez mais fortes. Além disso, Austrália e Nova Zelândia têm procurado uma posição política e diplomática independente, assumindo pequenos papeis de liderança em relação aos pequenos países do continente.
HISTORIA:
História de Goiás
A História de Goiás iniciou quando o Anhanguera encontrou ouro às margens do Rio Vermelho e fundou o Arraial de Sant’Anna no século XVIII.


Cidade de Goiás, primeira capital do Estado de Goiás, e Goiânia, construída para ser a nova capital em 1937
Com o movimento das Bandeiras acentuado no século XVIII, a região do interior do Brasil, mais conhecido como Sertão ou Hinterland, passou a ser ocupada pelos bandeirantes. As Bandeiras tinham como principais objetivos tanto a procura de povos indígenas para escravizar quanto a busca por metais preciosos (ouro, prata).
Na década de 1690 os Bandeirantes conseguiram encontrar ouro na região que posteriormente foi chamada de Minas Gerais, outra localidade onde o ouro foi explorado, no ano de 1719, foi no povoado de Cuiabá (capital do atual Mato Grosso), sendo assim, os Bandeirantes logo pensaram no território que se encontrava entre Minas Gerais e Cuiabá (futuro Goiás). Os Bandeirantes também conseguiram encontrar e explorar esse valioso metal preciso na região entre as duas minas de ouro.
No ano de 1682, o sertanista (bandeirante) Bartolomeu Bueno organizou uma Bandeira rumo ao sertão brasileiro; com seu filho de 12 anos de idade rompeu mato adentro e chegou ao interior do Brasil.
Com a morte de Bartolomeu Bueno (tanto a data quanto os motivos da morte do bandeirante são imprecisos), seu filho Bartolomeu Bueno da Silva tentou refazer a expedição de seu pai cerca de 40 anos depois, em 1722. O Anhanguera, como ficou conhecido Bartolomeu Bueno da Silva, conseguiu encontrar e explorar ouro nas margens do Rio Vermelho em 1725. Primeiramente fundou o povoado da Barra e depois o Arraial de Sant’Anna, com a grande quantidade de ouro que foi extraído das minas, o Arraial, por sua importância econômica para a Coroa Portuguesa, foi elevado à categoria de Vila, e em meados de 1750 foi denominado de Vila Boa de Goiás.
Até o ano de 1749, Goiás não existia, o território pertencia à capitania de São Paulo, somente a partir dessa data que surgiu a capitania de Goiás. Os principais povoados e arraiais surgiram no momento da mineração, no século XVII, constituíam-se de núcleos urbanos instáveis e irregulares, o primeiro governante enviado à nova capitania foi Dom Marcos de Noronha (Conde dos Arcos).
A mineração em Goiás teve o seu ápice em 1750, de 1751 a 1770 a extração e exploração do ouro foi diminuindo drasticamente, do ano de 1770 adiante a mineração entrou em decadência, o que provocou o abandono de muitos povoados goianos.
O movimento de Independência do Brasil no século XIX não alterou o quadro social e econômico de Goiás, alguns grupos oligárquicos se destacaram durante o período imperial e permaneceram no poder até as primeiras décadas do século XX, como os Bulhões, os Fleury e os Caiado. No ano de 1818, por carta régia de Dom João VI, a Vila tornou-se Cidade de Goiás.
Após a Mineração, a economia goiana no século XVIII e XIX passou a se dedicar mais às atividades ligadas à pecuária e agricultura. No século XX, Goiás desenvolveu a agricultura como principal atividade econômica. Porém, durante as três primeiras décadas desse século Goiás continuou atrelado à política oligárquica da Primeira República.
A Abolição da escravidão, em 1888, não alterou as condições de trabalho e de moradia dos escravos que viviam em Goiás. Aliás, a população de Goiás era constituída por uma maioria negra e uma minoria branca.
No século XX, a oligarquia dos Caiado tomou o poder político do Estado até a Revolução de 1930. Getúlio Vargas, que havia instalado a Revolução, monopolizou o poder e nomeou o interventor Pedro Ludovico Teixeira, que fazia oposição aos Caiado.
Um dos primeiros atos políticos de Pedro Ludovico foi executar a política de transferência da capital. Primeiro realizou um levantamento para escolha do local onde seria construída a nova capital, a região escolhida era próxima à cidade de Campinas (Campininha das Flores). Depois iniciou as obras da construção da nova capital, Goiânia, em 1933. A capital foi transferida por decreto no ano de 1937, selando o fim de mais de 200 anos da Cidade de Goiás como capital do Estado.
A CIDADE DE GOIÂNIA:
A cidade de Goiânia, atual capital do estado de Goiás, foi formada a partir das transformações políticas que marcaram a história do nosso país na década de 1930. Contudo, o projeto de mudança da capital goiana já era discutido anteriormente. Isso porque a Cidade de Goiás, primeira capital goiana, criada no século XVIII, havia sido fundada em razão da atividade aurífera naquela época. Após o período do ouro, essa justificativa não mais valia e as cidades envolvidas com a criação de gado e o desenvolvimento da agricultura, mais alocadas ao sul, passaram a ter maior importância para Goiás.
Com a fundação do regime republicano, temos registradas as primeiras discussões oficiais que consideravam a transferência da capital de Goiás. Entretanto, a nossa primeira constituição republicana, de 1891, e as suas duas reformas subsequentes, de 1898 e 1918, acabaram sustentando a capital na antiga região aurífera. Em 1930, a revolução liderada por Getúlio Vargas impôs uma renovação das lideranças políticas nacionais e regionais. Nesse período, o regime varguista estabeleceu aliança com outras figuras políticas goianas.
Foi daí que o médico Pedro Ludovico Teixeira foi nomeado como interventor do estado de Goiás e, estabelecendo um sentido de renovação, buscou colocar em prática o projeto de mudança da capital. No ano de 1932 foi organizada uma comissão que deveria realizar a escolha da melhor região para a qual a nova capital seria transferida. A escolha acabou sendo realizada em função de cidades que já existiam e, entre as opções existentes, a nova capital veio a ser definida nas proximidades da cidade de Campinas, hoje o mais antigo bairro de Goiânia.
Mesmo com a resistência dos antigos grupos oligárquicos que dominavam a vida política goiana, o grupo de Pedro Ludovico acabou confirmando o projeto da mudança no ano de 1933. Na data de 24 de outubro daquele mesmo ano foi lançada a pedra fundamental que daria início aos trabalhos de construção da cidade de Goiânia. A escolha do nome aconteceu por meio de um concurso, vencido pelo professor Alfredo de Castro. O nome começou a ser utilizado no ano de 1935 para a nova capital.
O município começou a ter suas atividades executadas em novembro de 1935 e, no mês seguinte, o interventor Pedro Ludovico enviou o decreto que estabeleceu a transferência da Casa Militar, da Secretaria Geral e da Secretaria do Governo para a cidade de Goiânia. Nos meses posteriores, outras secretarias foram transferidas e essas ações reafirmavam ainda mais a mudança da capital. No dia 23 de março de 1937, o decreto de número 1816 oficializava definitivamente a transferência da capital da Cidade de Goiás para Goiânia.
O evento oficial que sacramentou a transferência da capital aconteceu somente no dia 5 de julho de 1942. O evento aconteceu no Cine-Teatro Goiânia, um dos mais importantes patrimônios arquitetônicos gerados com a construção da nova capital. Ministros, autoridades e representantes da presidência da República marcaram presença no evento. Feita sob um planejamento anterior à transferência, Goiânia é uma das mais belas e modernas capitais do território brasileiro.
Preconceito religioso no Brasil
Assista o vídeo abaixo:
Atividades de Geografia:
Europa.
1. Quais as principais fronteiras
naturais do continente europeu?
2. Quais as principais características
do relevo europeu?
3. Quanto a hidrografia do continente
europeu, quais são seus principais rios e lagos?
4. Qual é a principal característica
do clima europeu?
5. Qual era a estimativa da população
europeia em 2005? Explique o processo de migração nesse continente.
6. Quais as principais línguas faladas
no continente europeu?
7. Quais as religiões mais influentes
no continente europeu?
Atividades de Geografia:
Oceania.
1. Como é a divisão
territorial da Oceania?
2. Quais as principais
características geográficas da:
a) Austrália.
b) Nova Zelândia.
3. Quais as cidades mais
populosas da Oceania?
4. Quanto a economia da
Oceania, explique o processo do:
a) Extrativismo.
b) Agricultura.
c) Industria.
d) Comércio.
Atividades de Historia de
Goiás.
1. Como surgiu o
território de Goiás? Qual foi o personagem mais importante durante
as bandeiras Paulistas e Mineiras?
2. Quais as principais
atividades econômicas do território de Goiás, desde o inicio da
sua ocupação ate os dias atuais?
3. Explique o processo
que levou a mudança da capital da cidade de Goiás para a cidade de
Goiânia.
Qual foi o personagem que
deu inicio a esse processo?
Atividades de Ensino
Religioso.
1. Descreva os principais
preconceitos religiosos que você já ouviu ou presenciou em sua
experiência de vida.
2. Você acha que há
preconceito religioso em sua família? E em sua cidade? E em seu
país? Justifique
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