GEOGRAFIA:
A UNIÃO SOVIÉTICA E A GUERRA FRIA COM OS EUA.
O FIM DA UNIÃO SOVIETICA E A QUEDA DO MURO DE BERLIM
União Soviética - URSS
INTRODUÇÃO
União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) (em russo, Soiuz Sovietskikh Sotsialisticheskikh Respublik), Estado federal plurinacional criado como resultado da Revolução Russa em 1917 no território do antigo império russo, fundado com tal denominação em dezembro de 1922.
A URSS começou com a conquista do poder pelo Congresso dos Sovietes de toda Rússia, dirigido pelo partido bolchevique, que promulgou imediatamente uma série de decretos através dos quais a Rússia deixaria de combater na I Guerra Mundial, toda terra seria nacionalizada e se constituiria o Conselho dos Comissários do Povo (Sovnarkom), que atuaria como primeiro governo dos trabalhadores e dos camponeses presidido por Lenin.
Os sovietes garantiram o direito à igualdade e à autodeterminação das numerosas nacionalidades. A primeira nação a tirar proveito desta situação foi a Finlândia, onde foi estabelecido um governo nacional e reconhecida a independência. As idéias fundamentais foram reconhecidas na Constituição de 1918, que proclamou a República Socialista Federativa Soviética da Rússia (RSFSR).
O TRATADO DE PAZ
As negociações de paz com a Alemanha se iniciaram em 1917. Os termos da paz apresentados pelos alemães no Tratado de Brest-Litovsk eram inaceitáveis; entretanto, concluiu-se um tratado segundo o qual a RSFSR cedia a Ucrânia, a Polônia e os estados bálticos, o que provocou o rompimento do Partido Socialista Revolucionário e a resposta dos bolcheviques no chamado Terror Vermelho.
A RSFSR se transformou em um Estado com regime de partido único, o Partido Comunista Russo (bolchevique), nome adotado pelo Partido Trabalhista Social-democrata Russo (POSDR) em 1918.
A GUERRA CIVIL
A política social e econômica provocou a Guerra Civil e a intervenção das potências estrangeiras. Apesar dos reveses iniciais, os bolcheviques conseguiram repelir esses ataques no início de 1920 e as tropas soviéticas, reorganizadas por Leon Trotski em 1918 com o nome de Exército Vermelho, iniciaram a contra-ofensiva.
A guerra com a Polônia terminou com a assinatura, em 1921, do Tratado de Riga, e a Guerra Civil após a expulsão das tropas de ocupação japonesas da Sibéria oriental no final de 1922. O denominado “comunismo de guerra” arruinou por completo a economia do país e Lenin adotou a denominada Nova Política Econômica (NEP) em 1922.
A ÉPOCA DE STALIN
Na luta pelo poder desencadeada após a morte de Lenin em 1924, Josef Stalin obteve o apoio da maioria no Partido Comunista. A partir de então, começou a série de expurgos que caracterizariam os 25 anos de mandato stalinista. Trotski foi proscrito na União Soviética e, em 1940, assassinado no México.
A FUNDAÇÃO DA URSS
Durante a década de 1920, aconteceram mudanças radicais na administração governamental e ocorreram melhorias notáveis na economia nacional e nas relações internacionais. A Constituição de 1924 reorganizava os territórios sob controle soviético em torno do novo Estado.
A TRANSFORMAÇÃO ECONÔMICA
Em 1928 teve início um período de economia planificada dirigida a partir do Comitê de Planificação Estatal (GOSPLAN, criado em 1921), colocando em prática o primeiro dos planos qüinqüenais aplicados por Stalin. Cada um desses planos, que duravam 5 anos, aplicava uma série de programas para desenvolver a economia nacional. Os objetivos básicos eram transformar a URSS de um país agrícola em uma potência industrializada, completar a coletivização da agricultura e transformar profundamente a natureza da sociedade.
O GRANDE EXPURGO
Em meados da década de 1930, a política soviética foi caracterizada pelos drásticos expurgos de todos os elementos supostamente contrários à política stalinista. Os denominados “processos de Moscou” suscitaram críticas em todo o mundo ao regime soviético, que ficou seriamente debilitado pelas numerosas execuções.
A POLÍTICA EXTERNA
Do ponto de vista soviético, os acontecimentos internacionais ocorridos durante a década de 1930 colocaram em crescente perigo a segurança da URSS. A ocupação japonesa da região de Dongbei Pingyuan ou Manchúria em 1931 e a ascensão de Hitler na Alemanha supuseram uma ameaça para a segurança soviética. Buscando estabelecer alianças com outras potências para resistir à ofensiva fascista, especialmente com a França e a Grã-Bretanha, a URSS ingressou na Sociedade das Nações em 1934. No verão de 1938 se originou uma grave crise quando o governo alemão exigiu do governo da Tchecoslováquia a cessão dos Sudetos. O resultado da tímida postura adotada pela França e Grã-Bretanha foi o Pacto de Munique, que assegurava a cessão dos territórios em litígio à Alemanha.
A II GUERRA MUNDIAL
A guerra fronteiriça contra o Japão e a inquietação diante dos progressos alemães em 1939 provocaram a assinatura de um pacto de amizade e de não-agressão entre a Alemanha e a URSS (conhecido como Pacto Ribbentrop-Molótov) que, em uma cláusula secreta, determinava a partilha da Polônia e as esferas de influência de ambos os países na Europa Oriental. Em 1º de setembro, a invasão alemã da Polônia levou a França e a Grã-Bretanha a declararem guerra a esse país. Assim começou a II Guerra Mundial. Dezesseis dias mais tarde, o Exército Vermelho ocupava a parte oriental da Polônia. A ocupação do leste da Polônia foi a primeira de uma série de anexações territoriais que afetaram a Estônia, a Letônia, a Lituânia, a Carélia, a Bessarábia e a parte setentrional da Bucovina. Os pactos de não-agressão impostos pela URSS aos países bálticos lhe deram o direito de estacionar tropas nesses territórios. No final de 1939, o governo soviético exigiu da Finlândia a cessão do istmo da Carélia, o que originou a Guerra Russo-finlandesa. Segundo os acordos do tratado de paz, a URSS ficou com os territórios do istmo da Carélia e o porto de Viborg.
Ao mesmo tempo, dirigiu seus objetivos para os Balcãs. Exigiu da Romênia a devolução da Bessarábia e a entrega do norte da Bukovina. Entretanto, em 1941 firmava com o Japão um pacto de neutralidade. Em junho deste ano, a Alemanha invadiu a URSS, e em janeiro de 1942, após aceitar os princípios da Carta do Atlântico, o governo soviético e outros 25 governos dos países aliados assinaram uma declaração através da qual se comprometiam a cooperar na guerra contra as potências do Eixo. Enquanto no norte os alemães freavam seu avanço para Moscou, no sul foram finalmente detidos e derrotados na épica batalha de Stalingrado (hoje Volgogrado). Em 8 de maio de 1945 acabou a guerra na Europa. Três meses mais tarde, segundo um tratado secreto, a URSS declarou guerra ao Japão e ocupou grande parte da região de Dongbei Pingyuan ou Manchúria, da Coréia do Norte, das ilhas Kurilas e a parte meridional da ilha Sakhalin. No final da guerra foi reconhecida como uma das grandes potências mundiais e participava junto aos chefes de governo dos Estados Unidos e da Grã-Bretanha das conferências de Teerã, Ialta e Potsdam para estabelecer uma política comum. Em 1947, já havia sido desenhada a chamada Cortina de ferro.
O INÍCIO DA GUERRA FRIA
O governo soviético encarou os problemas do pós-guerra com uma política expansionista destinada a aumentar os territórios controlados pelos governos comunistas leais, fortalecer sua segurança na previsão de futuras agressões e utilizar o movimento comunista internacional como instrumento para incorporar outros países a sua órbita, o que gerou o conflito conhecido como Guerra fria. Em 1948, a Tchecoslováquia caiu sob o controle da URSS. Em troca, a Iugoslávia, dirigida pelo marechal Tito, foi expulsa da Oficina de Informação Comunista (Kominform) e Tito se transformou no porta-voz máximo do não-alinhamento durante a Guerra fria. Essa situação conduziu à criação da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) em 1949. A URSS, por sua vez, fundou nesse mesmo ano o Conselho de Ajuda Econômica Mútua (COMECON) para coordenar a atividade econômica dos Estados sob seu controle. As relações com a China durante esse período foram conciliatórias e o Exército vermelho se retirou da Manchúria.
A LUTA PELA LIDERANÇA
Com a morte de Stalin, Georgi Maximilianovitch Malenkov, Lavrenti Beria, Kliment Vorochilov, Nikita Khrutchev, Nikolai Aleksandrovitch Bulganin e Lazar M. Kaganovitch ocuparam os cargos mais relevantes, embora de imediato surgisse uma luta pelo poder, que em 1957 acabou nas mãos de Khrutchev. Em uma surpreendente manobra realizada no XX Congresso do PCUS (1956) diversos líderes comunistas, como Khrutchev, denunciaram a política de Stalin e repudiaram grande parte do que ela representou. Khrutchev foi destituído no mês de outubro de 1964 por conta do progresso insatisfatório da agricultura e da indústria, e pelos desastres na política externa. Aleksei Nikolaievitch Kosiguin foi nomeado primeiro ministro. Em 1977, Brejnev tornou-se chefe do Estado e promulgou uma nova Constituição. Iuri Andropov, antigo chefe da polícia secreta soviética (KGB), ocupou a secretaria geral do partido. A rápida industrialização obtida graças aos planos qüinqüenais de Stalin transformou o país na segunda potência industrial e militar do mundo.
O DESENVOLVIMENTO CULTURAL
A partir de meados do século XX, o governo soviético pretendeu que os cidadãos das diversas nacionalidades da URSS participassem da cultura de uma sociedade comunista homogênea, conservando ao mesmo tempo as tradições específicas de cada povo ou nacionalidade. Como resultado dessa política o analfabetismo foi erradicado. Os avanços no campo das ciências naturais foram notáveis, destacando áreas como a química e a física. Prestou-se grande atenção à energia nuclear e à exploração do espaço. O governo insistiu que todos os aspectos da cultura soviética deviam fomentar a sociedade comunista. Essa premissa não supôs um sério condicionante para a ciência, apesar da atitude do governo produzir personalidades como Trofim Lissenko, Sergei Prokofiev e Dimitri Chostakovitch, mostrando como os valores políticos podiam afetar as concepções científicas ou artísticas. As belas-artes e a literatura sofreram graves limitações por conta das exigências do realismo socialista. Durante a década de 1920 a arte modernista russa conheceu uma idade de ouro, mas foram proibidas a literatura de vanguarda e as obras pictóricas de Marc Chagall, Kazimir Malevitch e Wassily Kandinsky, entre outros. Centenas de dissidentes foram cassados, detidos e enviados para instituições psiquiátricas ou campos de trabalhos forçados. Os mais distinguidos foram o escritor Aleksandr Isaievitch Soljenitsin e o físico nuclear Andrei Sakharov.
RELAÇÕES COM OS PAÍSES SATÉLITES
A criação do Pacto de Varsóvia em 1955 como aliança militar que integrava à URSS seus países satélites, foi a resposta à OTAN e serviu para fortalecer o controle soviético sobre o Leste Europeu. A Revolução Húngara no final de 1956 provocou a intervenção das tropas soviéticas, que esmagaram brutalmente o movimento e impuseram um governo de marionetes presidido por János Kádár. Na Tchecoslováquia a crise do verão de 1968 foi respondida com a invasão e ocupação de aproximadamente 600.000 soldados soviéticos e do Pacto de Varsóvia. Essa repressão teve conseqüências negativas para os partidos comunistas de muitos países distantes do bloco soviético. Entretanto, a Conferência sobre Segurança e Cooperação na Europa, celebrada em Helsinki (Finlândia) em 1975, ratificou aparentemente o domínio soviético no Leste Europeu.
RELAÇÕES COM A CHINA
Em 1949, a URSS reconheceu plenamente o governo chinês de Mao Zedong (Mao Tsé-tung), aliou-se a ele e continuou exigindo que substituísse na ONU o governo nacionalista de Jiang Jieshi (Chiang Kai-shek), estabelecido em Taiwan. Ambos os países apoiaram a Coréia do Norte durante a guerra da Coréia, mas a URSS negou, em 1959, ajuda a China para o desenvolvimento de seu poderio nuclear. Ao crescer em intensidade, o conflito ameaçou, inclusive, culminar em uma guerra entre os dois países. A visita do presidente norte-americano Richard Nixon a China em 1972 alarmou ainda mais a URSS sobre a possibilidade de um realinhamento das potências.
RELAÇÕES COM OUTRAS NAÇÕES ASIÁTICAS
Em 1950, a URSS reconheceu as forças comunistas vietnamitas de Ho Chi Minh. Em 1954, participou do Acordo de Genebra que dividiu o país em Vietnã do Norte e Vietnã do Sul, e continuou apoiando o primeiro. Durante a guerra do Vietnã entrou em conflito com os Estados Unidos e após a vitória norte-vietnamita manteve seu apoio em sua luta contra a China. As relações com outros países asiáticos foram conciliatórias, mas também agressivas. Em 1966, foi mediadora no confronto entre a Índia e o Paquistão pela região de Kashmir, que terminou com a criação do Estado de Bangladesh em 1971. Por outro lado, a URSS se negou a devolver ao Japão as estratégicas ilhas Kurilas. E em 1979 as tropas soviéticas ocuparam o Afeganistão.
PENETRAÇÃO NA ÁFRICA
A influência soviética na África sofreu dois notáveis contratempos durante a década de 1960. O primeiro ministro da República Democrática do Congo, o pró-soviético Patrice Lumumba, foi assassinado em uma revolta em 1961. Em Gana, Kwame Nkrumah e seu governo comunista foram derrotados e os assessores soviéticos expulsos. Entretanto, durante a década de 1970 a URSS, com a ajuda das tropas cubanas, conseguiu colocar no poder um governo pró-soviético em Angola e ajudou a Etiópia a expulsar os somálios. Respaldou a antigovernamental Frente Patriótica da Rodésia (hoje Zimbábue) e grupos similares na África do Sul. A URSS apoiou o Egito quando nacionalizou o canal de Suez em 1956, ajudou na construção da represa de Assuã e respaldou os egípcios na guerra dos Seis Dias (1967). Mas em 1977, Anwar al-Sadat ordenou à URSS fechar seus consulados e cessar todas suas atividades culturais. Os assessores soviéticos também foram obrigados a abandonar o Sudão e a Somália.
RELAÇÕES COM A EUROPA OCIDENTAL
Em 1970 os governos da URSS e da Alemanha Ocidental assinaram um tratado pelo qual renunciavam ao uso da força e aceitavam as fronteiras européias existentes naquele momento, inclusive a fronteira Oder-Neisse entre a Alemanha Oriental e a Polônia.
RELAÇÕES COM OS ESTADOS UNIDOS
Em 1962 a URSS e os Estados Unidos sofreram uma grave deterioração de suas relações como conseqüência da denominada crise dos mísseis de Cuba. Um ano depois, a URSS firmou um acordo com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha pelo qual estavam proibidas todas as provas nucleares, exceto as subterrâneas. Além disso, uniu-se aos Estados Unidos no compromisso de manter livre o espaço de todo tipo de armamento. As negociações, iniciadas em 1969 sobre a redução de armas nucleares de longo alcance, conhecidas como Conversações para a Limitação das Armas Estratégicas (SALT), foram concluídas em acordos posteriores que limitavam o número de mísseis e silos nucleares. Apesar de certos focos de tensão, Jimmy Carter e Brejnev alcançaram um acordo que se materializou no novo tratado SALT em 1979, mas o Congresso norte-americano não o ratificou em virtude da intervenção do Exército soviético no Afeganistão.
A ERA GORBATCHOV
Konstantin Ustinovitch Tchernenko, que faleceu treze meses antes de ser eleito chefe de Estado, foi substituído em 1985 por Mikhail Gorbatchov. Os planos de Gorbatchov exigiam a perestroika (“reestruturação”) da economia nacional e uma glasnost (“abertura”) na vida política e cultural. Em 1989, o povo soviético participou das primeiras eleições livres celebradas desde 1917 e elegeu um renovado Congresso de Deputados do Povo.
Dois trágicos acontecimentos dificultaram o processo de reformas: o grave acidente ocorrido em 1986 na central nuclear de Chernobyl, que causou sérios danos ao meio ambiente e revelou graves deficiências no programa nuclear soviético; e o terremoto na Armênia em 1988, que provocou mais de 25.000 mortes e deixou, pelo menos, 400.000 pessoas sem lar. Nesse mesmo ano se chegou a um acordo para a retirada das tropas soviéticas que ocupavam o Afeganistão.
Entre 1985 e 1991, Gorbatchov celebrou diversas reuniões com os presidentes norte-americanos Ronald Reagan e George Bush, e assinou um tratado que colocaria fim à produção de armas químicas e um acordo para uma redução substancial das armas nucleares estratégicas. Gorbatchov anunciou na Assembléia Geral das Nações Unidas a redução unilateral de armas convencionais, em especial no Leste Europeu e na fronteira chino-soviética. Durante sua visita à Pequim em 1989, a China e a URSS concordaram em reatar as relações após trinta anos de conflito. Em um encontro com o papa João Paulo II, prometeu garantir a liberdade religiosa na URSS e concordou em estabelecer relações diplomáticas. As relações com Israel também melhoraram notavelmente ao flexibilizar as restrições de migração aos judeus russos. No conflito do Golfo Pérsico em 1990, a URSS apoiou a política do governo dos Estados Unidos de utilizar a pressão econômica e militar para forçar a retirada iraquiana do Kuwait.
O COMUNISMO EM CRISE
Diferentemente de épocas passadas, a URSS se negou a intervir no processo de reformas no Leste Europeu entre 1989 e 1991, que colocaram um fim aos governos comunistas da Polônia, Hungria e Tchecoslováquia, e culminaram com a reunificação da Alemanha. O COMECON e o Pacto de Varsóvia foram dissolvidos. Em 1990, em um processo de deterioramento cada vez maior da economia soviética, o Partido Comunista concordou em ceder seu monopólio político. Em 11 de março a Lituânia declarou sua independência desafiando as sanções impostas por Moscou. A partir desse momento os grupos nacionalistas e os movimentos separatistas também atuaram em outras repúblicas e as explosões de violência étnica se tornaram cada vez mais freqüentes.
Em agosto de 1991 a ala ortodoxa comunista deu um golpe de Estado e tentou reinstaurar o controle centralizado comunista. Em três dias os reformistas, liderados por Boris Yeltsin, detiveram o golpe e começaram a desmantelar o aparato do partido. Com a URSS a beira do colapso, o Congresso dos Deputados do Povo concordou em 5 de setembro em estabelecer um governo provisório no qual o Conselho de Estado, liderado por Gorbatchov e composto pelos presidentes das repúblicas participantes, exerceria poderes de emergência. A crescente influência de Yeltsin acabou com a de Gorbatchov e o governo da Federação Russa assumiu os poderes que havia exercido o desaparecido governo soviético. Em 21 de dezembro de 1991, a URSS deixou formalmente de existir. Onze das doze repúblicas que permaneceram concordaram em criar a chamada Comunidade dos Estados Independentes (CEI). Gorbatchov renunciou em 25 de dezembro e no dia seguinte o Parlamento soviético proclamou a dissolução da URSS.
ATIVIDADES:
Questões:
01. A CEI é um bloco integrado pela Rússia e as antigas nações da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). No entanto, três países da extinta URSS optaram por não integrar a CEI. Marque a alternativa que indica essas três nações.
a) Letônia, Lituânia e Estônia
b) Ucrânia, Rússia e Azerbaijão
c) Bielorrússia, Cazaquistão e Geórgia
d) Armênia, Rússia e Uzbequistão
e) Romênia, Bulgária e Hungria
02. Com aproximadamente 174 milhões de habitantes, a CEI possui população expressiva. No entanto, alguns países apresentam grande contingente populacional enquanto outros são pouco habitados. Indique a alternativa que corresponde ao país mais populoso da CEI.
a) Estônia
b) Ucrânia
c) Bielorrússia
d) Rússia
e) Armênia
03. O fim da URSS levou a corrida armamentista ao fim. Mas os armamentos nucleares, outrora soviéticos, representam hoje outra ameaça. Faça comentários sobre os problemas atuais relacionados aos armamentos da ex-URSS.
04. Os Estados Unidos vem procurando dar auxílio financeiro à Rússia, especialmente para que o país mantenha seu programa espacial ativo. Que interesse os Estados Unidos têm na manutenção do programa espacial do país?
05. Analise as afirmativas sobre as características da CEI e marque (V) para as verdadeiras e (F) para as falsas.
I – A CEI é um bloco formado em consequência da desagregação da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS), visto que os novos países tinham vários laços econômicos e militares uns com os outros.
II – Os Países Bálticos (Estônia, Letônia e Lituânia), apesar de terem sido anexados à União Soviética em 1940, nunca fizeram parte da Comunidade dos Estados Independentes (CEI) após obterem a independência.
III – Com a fragmentação da União Soviética, vários problemas persistiram nos novos países, além do surgimento de outros. Os principais são os conflitos étnicos e os movimentos separatistas.
III – Com a fragmentação da União Soviética, vários problemas persistiram nos novos países, além do surgimento de outros. Os principais são os conflitos étnicos e os movimentos separatistas.
Portanto, as afirmativas corretas são:
a) Todas as alternativas
b) Alternativas I e II
c) Alternativas I e III
d) Alternativas II e III
e) Somente a alternativa I
06. (MACK) Um sistema de canais para comunicação, denominado "Sistema dos Cinco Mares", foi construído na Ex-URSS, aproveitando os grandes rios Volga e Don, formando grandes lagos artificiais, que coloca em interligação os mares:
a) Cáspio, Negro, Egeu, Jônio e Tirreno;
b) Branco, Báltico, Cáspio, Azof e Negro;
c) Norte, Branco, Báltico, Azof e Adriático;
d) Báltico, Adriático, Cáspio, Negro e Norte;
e) Tirreno, Negro, Jônio, Báltico e Branco.
07. (PUC - RJ) O homem, mesmo com todo o aparato científico do fim do século, ainda conhece pouco as questões de equilíbrio ambiental e as controla ainda menos. Se, na África, cientistas afirmam que o Saara reduziu de tamanho, na Ásia Central aumenta o secamento da:
a) Sibéria Oriental
b) bacia do Mar de Aral
c) bacia do Rio Obi
d) região das estepes em torno do Mar Negro
e) região oriental dos Montes Urais
08. (UnB)
I. Existiam dois tipos de estabelecimentos rurais na ex-União Soviética: as fazendas cooperativas
(kolkhozes) e as fazendas estatais (sovkhozes).
II. A maior parte da ex-URSS fica em latitudes muito elevadas: metade de seu território encontra-se ao
norte do Círculo Polar Ártico.
III. O Cáucaso é uma região que se industrializa graças às jazidas de petróleo, carvão e manganês.
Estão corretas:
a) todas
b) nenhuma
c) apenas I
d) apenas II
e) apenas I e III
09. A ex-URSS apresenta em seu território alguns problemas. São dificuldades encontradas neste país, exceto:
a) saídas fáceis para oceanos, livres do gelo durante todo o ano e próximas dos grandes centros industriais;
b) climas rigorosos (sobretudo no inverno) em larga parte do território;
c) grandes montanhas na fronteira meridional;
d) presença de áreas áridas;
e) congelamento de muitos rios, o que dificulta o aproveitamento hidrelétrico em algumas regiões.
10. Dentre as características do desenvolvimento industrial da ex-URSS, podemos destacar:
a) a inexistência de qualquer planificação;
b) o crescimento relativamente lento da produção industrial;
c) o predomínio das indústrias de equipamento;
d) o predomínio da mão-de-obra feminina;
e) a predominância das indústrias de consumo.
HISTÓRIA:
GOVERNOS POPULISTAS E O GOLPE MILITAR DE 1964.
O governo de João Goulart foi caracterizado pelo grande espaço dado às manifestações sociais, estudantis e populares. Isso gerou preocupação nas classes conservadoras, principalmente nos militares, pois estes temiam uma guinada do Brasil para o lado comunista.

O Regime Político Militar no Brasil começou em março de 1964
Após o fracasso do Plano Trienal, da economia e dos índices de inflação altíssimos, o governo de João Goulart (Jango) ficou extremamente enfraquecido e sem apoio. Com isso, os movimentos sociais começaram a fazer pressão, exigindo transformações substanciais na sociedade. Os líderes estudantis da União Nacional dos Estudantes (UNE) entraram em cena, clamando pelo fim da exclusão social e do analfabetismo. Dentro da Igreja Católica surgiram segmentos políticos com orientação socialista que se juntaram aos estudantes nas manifestações da época.
Nesse contexto ocorreu uma rebelião de sargentos em Brasília, que queriam o direito de se candidatar a cargos eletivos. Essa rebelião foi vista pelo alto escalão das Forças Armadas como uma severa ameaça à hierarquia militar. Num clima de tensão e enfraquecido politicamente, Jango realizou na Estação Central do Brasil, no Rio de Janeiro, um grande comício no dia 13 de março. Diante de mais de duzentos mil manifestantes, o presidente assinou decretos de grande impacto popular, como a nacionalização das refinarias de petróleo privadas e a desapropriação de terras, para a reforma agrária, situadas às margens de ferrovias e rodovias federais.
No dia 19 de março, em resposta ao comício do Rio, foi realizada em São Paulo a Marcha da Família com Deus pela Liberdade. Na passeata, os manifestantes pediam a Deus e aos militares que salvassem o Brasil do perigo comunista, presente na figura de Jango. O desfecho para o Golpe ocorreu quando João Goulart apoiou a manifestação dos marinheiros no Rio de Janeiro, em 30 de março. O apoio de Jango foi o estopim para o Alto Comando das Forças Armadas acusar o presidente de conivência com os atos de insubordinação que ameaçavam a hierarquia militar.
O golpe militar afastou Jango da presidência da República, substituindo-o pelo comando militar do General Costa e Silva, do Brigadeiro Francisco de Assis Correia de Melo e do vice-almirante Augusto Hamann. Esses militares iniciaram o processo de cassação dos mandatos parlamentares, afastando da vida política as pessoas que não se adequassem ao novo sistema político.
Nesse sentido, o Congresso Nacional foi pressionado de todas as formas pelos militares para a escolha do novo presidente da República. O marechal Humberto de Alencar Castelo Branco foi o escolhido para completar o mandato iniciado por Jânio Quadros. Através do Golpe Militar de 1964, a história da República Brasileira recomeçava com outro olhar. Era o fim da República Populista e o começo do regime militar, que se estendeu até 1985.
ATIVIDADES:
1. A famosa portaria 113 da SUMOC, Superintendência da Moeda e do Crédito, do Ministério da Fazenda, na gestão de Café Filho, foi uma das bases para a implantação dos "cinquenta anos em cinco" de JK porque:
a) possibilitou a ampliação das exportações brasileiras para atrair divisas.
b) atraiu investimentos estrangeiros para o setor agroindustrial, que precisava modernizar-se.
c) inseriu o Brasil no mercado econômico internacional, por alterar as taxas cambiais.
d) possibilitou a atração do capital estrangeiro associado ao capital nacional.
e) diminuiu a oferta de moedas e dificultou a concessão de empréstimos para conter a inflação.
2. O golpe que derrubou o Presidente João Goulart, em 1964, representou a culminância de uma crise iniciada no final da década anterior. Assinale a opção que NÃO apresenta um elemento dessa crise.
a) O apoio da maioria conservadora do Congresso Nacional ao programa de Reformas de Base.
b) As resistências à posse de João Goulart, quando da renúncia de Jânio Quadros.
c) O agravamento do quadro econômico com a ascensão da inflação.
d) A politização crescente de vários movimentos sociais, como as Ligas Camponesas.
e) Os movimentos de indisciplina militar de marinheiros e sargentos.
3. "Senhoras e senhores telespectadores, boa noite. A PRF-3 TV - Emissora Associada de São Paulo orgulhosamente apresenta neste momento o primeiro programa de televisão da América Latina."
(Abertura da transmissão inaugural da TV Tupi de São Paulo, apresentada pela atriz Iara Lins)
Este fato importante aconteceu às 22 horas do dia 18 de setembro do mesmo ano em que:
a) Hitler invadia a Polônia
b) os pracinhas voltavam aclamados da Europa, após o término da Guerra
c) morria Getúlio Vargas
d) Getúlio Vargas disputava as eleições presidenciais com Eduardo Gomes
e) João Goulart é deposto da Presidência
4. Com a vitória da Revolução de 1930, nasceu a Segunda República. Embora os historiadores ainda não estejam de acordo quanto à duração desse período da História brasileira, vamos considerar que se estendeu até o golpe político-militar de 1964. Durante esses 34 anos, algumas tendências importantes caracterizaram a evolução brasileira, entre elas; exceto:
a) o setor da economia, voltado para o mercado interno, superou em importância o setor exportador
b) um rápido processo de industrialização tornou a indústria o principal setor da economia nacional
c) a burguesia industrial transformou-se no grupo social mais rico do país
d) a classe média fortaleceu-se e o operariado urbano cresceu rapidamente
e) acelerou-se o processo de ruralização, principalmente no Sudeste e Sul
5. "O populismo manifesta-se já no fim da ditadura e permanecerá uma constante no processo político até 1964."
(Francisco Weffort, O POPULISMO NO BRASIL)
O fenômeno político conhecido sob o nome de "populismo" no Brasil e na América Latina caracteriza-se:
a) como fenômeno político desvinculado do processo de urbanização e industrialização.
b) como um poder político das massas e suas reivindicações.
c) por movimento de massas sem lideranças carismáticas.
d) por grupos políticos identificados exclusivamente com as elites econômicas.
e) como um estilo de governo sempre sensível às pressões populares, principalmente as rurais.
6. Afirmou o economista Luís Carlos Bresser Pereira sobre o período em que Juscelino assumiu a Presidência do Brasil:
"... as empresas estrangeiras exportadoras de produtos manufaturados (...) em face do surgimento de empresas nacionais e às barreiras cambiais e tarifárias à entrada de seus produtos no Brasil, viram-se diante da alternativa de ou realizar grandes investimentos industriais no Brasil ou perder o mercado brasileiro. É evidente que optaram pela primeira solução".
Nesse período,
a) a entrada maciça de investimento foi dificultada pela Instrução de 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito).
b) a vertiginosa expansão industrial ocorrida entre 1956 e 1961 significava que a chamada Revolução Industrial Brasileira, iniciada nos anos 30 por Getúlio, consolidava-se e encerrava a primeira fase.
c) pela Instrução 113, as empresas estrangeiras eram prejudicadas em relação às empresas nacionais.
d) visando ao "desenvolvimento", o governo cercou-se de uma equipe de técnicos, notadamente economistas, ligados à Comissão do Petróleo Brasileiro para a América Latina (CEPAL).
e) diminuíram as diferenças entre as populações dos grandes centros industrializados (como São Paulo e Rio de Janeiro) e as esfomeadas populações do Norte-Nordeste, concentradas em latifúndios, pois estes também receberam investimentos externos.
7. "No plano da política partidária, o acordo entre o PSD e o PTB garantiu o apoio aos principais projetos do Governo Juscelino Kubitschek no Congresso."
O traço comum que aproximava os dois partidos era:
a) A preocupação dominante com a sorte das camadas médias urbanas, articuladas em torno dos sindicatos de serviços e de funcionários autônomos.
b) O getulismo do PSD (setores dominantes no campo, a burocracia governamental e setores da burocracia industrial e comercial) e o getulismo do PTB (burocracia sindical e do Ministério do Trabalho, a burguesia industrial nacionalista e a maioria dos trabalhadores urbanos organizados).
c) O autoritarismo esclarecido do PTB (organizando as massas urbanas dos pequenos e médios centros do país) e o despotismo do PSD (criando as condições básicas para a sobrevivência de pequenos sindicatos).
d) A atuação junto aos setores despossuídos (os chamados "marmiteiros") das grandes metrópoles, que sempre atuaram no sentido de alcançar uma melhor situação de vida.
e) A defesa incondicional da instrução 113 da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito) que, ao propiciar uma fuga de capitais estrangeiros do país, permitia que o capital industrial nacional encontrasse condições para a sua ampliação.
8. "(...) é fenômeno das regiões atingidas pela intensificação do processo de urbanização. Estabelece suas raízes mais fortes em São Paulo, região de mais intenso desenvolvimento industrial no país (...) é, no essencial, a exaltação do poder público; é o próprio Estado colocando-se através do líder, em contato direto com os indivíduos reunidos na massa. (...) A massa se volta para o Estado e espera dele o sol ou a chuva ou seja, entrega-se de mãos atadas aos interesses dominantes."
Este texto de F. Weffort:
a) faz considerações sobre o coronelismo no Brasil.
b) caracteriza a política brasileira pós-64.
c) descreve uma forma de dominação política que emergiu com a revolução constitucionalista de 1932.
d) caracteriza a forma de poder oligárquico na República Velha.
e) trata do populismo no Brasil.
9. A partir da Segunda Guerra Mundial e até 1960, o Brasil, a exemplo de outros países do denominado "Cone Sul", teve sua história marcada por um processo de modernização caracterizado
a) pela criação de uma política desenvolvimentista baseada em um processo de industrialização associado aos capitais estrangeiros.
b) pela organização de políticas de moldes socialistas que ocasionaram a fuga de capitais estrangeiros.
c) pela elaboração de uma política populista, caracterizada por uma intensa reforma agrária, levando a um processo de crescimento do mercado interno.
d) pelo surgimento de governos militares de regime ditatorial instalados para frear a expansão de movimentos socialistas.
e) pela preservação de uma política oligárquica e de caráter nacionalista, responsável por um desenvolvimento industrial contrário aos interesses norte-americanos.
10. Os governos de Getúlio Vargas (1930-45/1951-54), no Brasil, de Juan Domingo Perón (1946-55), na Argentina, de Victor Paz Estensoro (1952-56/1960-64), na Bolívia, e de Lázaro Cárdenas (1934-40), no México, foram, alguns dos mais significativos exemplos do populismo latino-americano que se caracterizou notadamente:
a) pela aliança com as oligarquias rurais na luta contra os movimentos de caráter socialista.
b) pelo predomínio político do setor agrário-exportador em detrimento do setor industrial.
c) pelo nacionalismo, e intervenção do Estado na economia, priorizando o setor industrial.
d) por propostas radicais de mudanças nas estruturas socioeconômicas, em oposição ao capitalismo internacional.
e) por ter concedido às multinacionais papel estratégico nos setores agrário e industrial.
11. O desenvolvimento do governo de Juscelino Kubitschek, que se traduziu no Plano de Metas, foi realizado com:
a) imensas dificuldades porque não previa a utilização de investimentos estatais.
b) consideráveis investimentos da Comunidade Europeia e dos países asiáticos.
c) grandes investimentos do Estado e entrada maciça de capital estrangeiro.
d) investimentos particulares nos serviços públicos e privatização das empresas estatais.
e) imposição de restrições nas atividades políticas e implantação da reserva de mercado para as empresas nacionais.
12. "Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."
O texto acima é um fragmento de um importante documento histórico.
O referido documento é:
a) a renúncia de Jânio Quadros;
b) o "impeachment" de Fernando Collor;
c) a renúncia de D. Pedro I;
d) o discurso de Ulisses Guimarães, pelas "Diretas-Já";
e) a carta-testamento de Getúlio Vargas.
13. As eleições presidenciais brasileiras, ocorridas neste ano, envolveram oito candidatos, concorrendo por partidos ou alianças diversas. Alguns dos candidatos fizeram, em suas campanhas, referências a episódios ou a personagens da história política brasileira do século XX. Entre tais referências pode-se mencionar a lembrança do:
a) nascimento de vários partidos entre 1979 e 1982, momento da "reforma partidária", quando surgiram, entre outros, o PMDB de Orestes Quércia e o PRN de Carlos Gomes.
b) golpe militar de 1964, defendido àquela época pelo PFL e pelo PSC, que instalou no poder o almirante Fortuna, presidenciável nas últimas eleições.
c) desenvolvimentismo de Juscelino Kubitschek, que governou de 1956 a 1961, e que fez aparecer a proposta socialdemocrata, defendida por Esperidião Amin e por Enéas Carneiro.
d) "impeachment" do presidente Fernando Collor de Mello, ocorrido em 1992 e que contou com a participação favorável, entre outros, de Luís Inácio Lula da Silva e de Fernando Henrique Cardoso.
e) período presidencial de Getúlio Vargas entre 1951 e 1954, quando se formaram os atuais partidos políticos de esquerda - PT e PTB - e quando surgiu a liderança política de Leonel Brizola.
14. Quanto à situação social brasileira do período pré-64, assinale a opção correta:
a) os movimentos sociais estavam monopolizados por lideranças dos serviços de informação das Forças Armadas, com o objetivo de desestabilizar o governo de João Goulart
b) a agitação social mobilizou amplos setores da população e atingiu até mesmo as Forças Armadas, com a greve dos marinheiros
c) a legalização do Partido Comunista possibilitou um aumento da mobilização social de apoio às reformas de base
d) as reformas pretendidas pelo Presidente João Goulart obtiveram amplo apoio dos partidos conservadores e dos militares
15. Foram características do Governo Juscelino Kubitschek (1956 -1961):
a) Plano de Metas, apoio da UDN, oposição frontal dos comunistas e abertura ao capital estrangeiro.
b) Plano de Metas, desenvolvimento industrial, apoio da aliança PSD-PTB e oposição da UDN.
c) Plano de Metas, apoio da aliança PSD-PTB, restrição à presença do capital estrangeiro e apoio dos comunistas.
d) Plano de Metas, instabilidade política, marcante presença do Estado na economia e oposição da aliança PSD-PTB.
e) Plano de Metas, apoio dos comunistas, instabilidade política e restrição à presença do Estado na economia.
16. A renúncia de Jânio Quadros causou transtornos políticos que abalaram o Congresso Nacional. A solução encontrada, para a posse de João Goulart na presidência, em 1961:
a) conseguiu harmonizar os interesses e afastar as dificuldades políticas, com Tancredo Neves, político da UDN, como primeiro-ministro.
b) não teve a participação de militares; mas, apenas, do partido político mais forte, a UDN, sob a liderança de Tancredo Neves.
c) não conseguiu desfazer as tensões políticas por inteiro, sobretudo a insatisfação de grupos da burguesia e de militares que temiam as propostas defendidas por Jango.
d) não teve a participação das forças de esquerda, em razão das relações que o novo presidente tinha com o varguismo.
e) teve amplo apoio dos militares mais expressivos politicamente e dos partidos políticos de ideologia liberal, como a UDN e o PSD.
17. Das afirmativas a seguir, assinale a que se caracteriza como causa estrutural da crise de poder em agosto de 1954, que culmina no suicídio de Getúlio Vargas:
a) A crise de 1954, que expressou as contradições do modelo político populista e que fez aflorar o choque de interesses entre as classes populares e o conjunto da burguesia no bloco de poder.
b) A denúncia de João Neves da Fontoura, ex-ministro da Justiça de Vargas, afirmando possuir provas de que Vargas vinha mantendo entendimentos para a formação do "Pacto ABC" (Argentina, Brasil e Chile) para enfrentar os Estados Unidos.
c) O discurso de Vargas no dia 1º de maio, no qual teria dito aos trabalhadores: "Hoje vocês estão com o governo. Amanhã vocês serão o governo".
d) O "Manifesto à Nação", lançado pela UDN, no qual se denunciava supostas atividades subversivas de João Goulart, então Ministro do Trabalho de Vargas.
e) O decreto de Vargas que reajustava em 100% o valor do salário mínimo da época.
18. Leia o texto abaixo:
Estaríamos, brasileiros, ameaçando o regime se nos mostrássemos surdos aos reclamos que, de Norte a Sul, de Leste a Oeste, levantam o seu grande clamor pelas reformas de base e estrutura, sobretudo pela reforma agrária, que será o complemento da abolição do cativeiro de dezenas de milhões de brasileiros, que vegetam no interior, em revoltantes condições de miséria.
(Discurso do Presidente João Goulart, Comício da Central do Brasil, 13 de março de 1964. In: SILVA, Hélio. 1964: Golpe ou Contragolpe? Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1975. p. 457.)
Com base no texto acima e nos seus conhecimentos sobre os fatores que contribuíram para o Golpe Militar de 31 de março de 1964, assinale a afirmativa INCORRETA.
a) O Golpe Militar tinha como causa fundamental as profundas transformações que se haviam operado na economia e na sociedade brasileiras, conhecidas como "milagre brasileiro", alterando as relações de forças entre os grupos sociais.
b) O governo João Goulart aproximou-se de forças populares e nacionalistas, como a Confederação Geral dos Trabalhadores (CGT), as Ligas Camponesas e o Movimento Estudantil, mas tinha uma base de sustentação parlamentar muito frágil.
c) Militares e grupos civis de direita já haviam ameaçado a legalidade democrática em três tentativas anteriores de golpe: nos eventos que levaram ao suicídio de Vargas, na tentativa de impedimento da posse de Juscelino Kubitschek e na crise da renúncia de Jânio Quadros.
d) O programa nacionalista de João Goulart, com a regulamentação das remessas de lucros das empresas estrangeiras e as "reformas de base", especialmente a reforma agrária, trazia descontentamento aos setores conservadores do empresariado e das elites agrárias.
e) A conjuntura da Guerra Fria, especialmente o momento seguinte à Revolução Cubana e à crise dos mísseis de 1962, intensificou a hostilidade dos Estados Unidos a governos nacionalistas e populistas na América Latina.
19. Os filmes "Vidas Secas", de Nelson Pereira dos Santos e "Deus e o Diabo na Terra do Sol", de Glauber Rocha são obras do cinema brasileiro que procuravam exprimir a realidade concreta do país, com toda a sua crueza e brutalidade. Tais obras enquadram-se numa manifestação do cinema nacional conhecida, na década de sessenta, por:
a) Movimento do Cinema Novo.
b) Ciclo da Vera Cruz.
c) Movimento do Cinema Popular.
d) Ciclo da Atlântida.
e) Movimento do Instituto Nacional do Cinema.
20. No seu segundo governo, Getúlio Vargas (1951-1954), para pôr em prática seu programa de investimento, criou em 1952 o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDE), destinado a:
a) fornecer créditos a longo prazo e juros baixos para incentivar a atividade industrial.
b) atrair investimentos estrangeiros, especialmente a indústria automobilística.
c) construir casas para a população de baixa renda.
d) anular ou reduzir as deficiências infra-estruturais que impediam o regular desenvolvimento da economia brasileira.
e) colocar em prática as propostas de desenvolvimento sugeridas pelas missões de cooperação econômica americanas.
ENSINO RELIGIOSO:
PRECONCEITO RELIGIOSO AOS ESPIRITAS NO BRASIL
PRECONCEITO RELIGIOSO CONTRA OS CATÓLICOS NO BRASIL
PRECONCEITO RELIGIOSO CONTRA OS EVANGÉLICOS NO BRASIL
ATIVIDADES:
1. APOS ASSISTIR OS VIDEOS DISPONIBILIZADOS ACIMA, ESCREVA UM PEQUENO TEXTO CRITICO E ARGUMENTATIVO COM O SEGUINTE TEMA: O PRECONCEITO RELIGIOSO AINDA EXISTE NO BRASIL?
2. QUAL A MELHOR SOLUÇÃO PARA ACABAR COM O PRECONCEITO RELIGIOSO NO BRASIL?
3. VOCÊ JÁ PASSOU OU PRESENCIOU ALGUM TIPO DE PRECONCEITO RELIGIOSO PRATICADO POR ALGUÉM? COMENTE SE A SITUAÇÃO FOI RESOLVIDA.
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